A prefeitura de Porto Velho concluiu levantamento sobre a situação das vítimas da cheia do Rio Madeira, tanto na Capital quanto no Médio e Baixo Madeira, e já está tomando providências para atendê-las em suas necessidades. Conforme o coordenador da Defesa Civil Municipal, Reinaldo da Silva, 60 famílias foram cadastradas na Capital para receberem auxilio moradia e já estão recebendo visitas dos técnicos da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas). Na região ribeirinha, cerca de 600 famílias estão com as casas inundadas e em situação de risco.
Reinaldo da Silva informou que as famílias cadastradas para receberem auxílio do Município moram em áreas de risco na Baixa da União, Triângulo, Balsa e São Sebastião I e II. “Muitas se recusam a abandonar suas casas, mesmo diante da ajuda oferecida pela prefeitura”, afirma. Elas são orientadas a procurar um local seguro para morar até que passe o período da cheia do Rio Madeira. Em quanto estiverem em casas alugadas, receberão auxílio moradia.
No Médio e Baixo Madeira, conforme avaliação da Defesa Civil, a situação é mais crítica, pois a maioria das famílias não têm para onde ir. “O jeito é improvisar e aguardar ajuda do poder público”, afirma Reinaldo Silva. Levantamentos feitos dão conta que as comunidades de Ressaca e Curicacas estão totalmente submersas. Em São Carlos, 20 famílias foram retiradas de suas casas e levadas para o Ginásio de Esportes do distrito. Outras 160 famílias foram atingidas pelas alagações nas comunidades de Belmont, Niterói, Silveira, São Miguel, Mutum e Maravilha.
Todas as famílias atingidas já estão no calendário da prefeitura para receberem visitas dos técnicos da Semas, o que deve ocorrer a partir do próximo dia 26. Dependendo do que for constatado, elas poderão receber cestas básicas, cortinados, colchões e filtros de água, dentre outros itens importantes. “O objetivo principal é ajudar as famílias que ainda não foram contempladas pelo governo estadual”, informou o coordenador da Defesa Civil.
Ele acrescenta que a ajuda da prefeitura chegará quando as águas baixarem, devido os ribeirinhos perderem praticamente toda a plantação. “Esse é um trabalho muito importante feito pelo Município, que visa garantir a segurança e a sobrevivência das famílias em situação de risco”, afirma.
Ruas
A Defesa Civil também fez um levantamento completo dos principais pontos de alagamentos que ocorrem na zona urbana de Porto Velho, devido à intensidade do inverno amazônico. Os dados foram encaminhados às Secretarias de Serviços Básicos (Semusb) e de Obras (Semob), que já estão tomando as providências necessárias. Esses pontos estão localizados na Estrada do Belmont, Avenidas Costa e Silva, Mamoré, José Vieira Caula e Ruas Barão do Rio Branco, Raimundo Cantuária, Pau Ferro e Afonso Pena, dentre outros. Conforme os levantamentos, a maioria dos alagamentos ocorre por excesso de lixo e entulhos jogados nas ruas.