A questão é que pelo valor gasto pela Prefeitura de Porto Velho na reforma de uma praça pode-se acreditar que existe dinheiro para amenizar o estado de calamidade da saúde publica na capital de Rondônia.
Foto: Divulgação
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Prioridade, esse é um dos principais focos de qualquer forma de administrar. Quando o assunto é administração pública as prioridades devem ser melindrosamente analisadas, pois uma decisão errônea pode desencadear uma seqüência de gravíssimos erros onde quem paga é a comunidade.
Porto Velho é sem sobra de duvidas um dos municípios onde o serviço de saúde oferecido à população é um dos mais precários do país, porém os investimentos realizados para solucionar esses problemas parecem estar longe de serem suficientes.
Por outro lado uma grande quantia em dinheiro está sendo gasta em outras questões que, se colocadas em nivelamento de prioridades para a população, ficariam bem abaixo do problema da saúde. Um exemplo foi a reforma da praça da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, uma obra que custou R$ 11.000.000,00 (Onze Milhões de Reais) aos cofres do município e que já apresenta deterioração pelo material de baixa qualidade utilizado e se encontra depredada.
Onze milhões
A questão é que pelo valor gasto pela Prefeitura de Porto Velho na reforma de uma praça pode-se acreditar que existe dinheiro para amenizar o estado de calamidade da saúde publica na capital de Rondônia, situação essa exibida pelo Jornal Nacional da rede Globo de televisão no início do mês de janeiro.
Com a chegada das verbas do PAC II, Porto Velho recebeu mais dinheiro para a questão da saúde, serão construídas três UPA (Unidade de Pronto Atendimento), essas unidades irão funcionar 24 horas por dia, todos os dias da semana, e terão capacidade para atender 400 pessoas cada uma. Todas terão equipe interdisciplinar de profissionais na área da saúde. No caso da UPA que está sendo construída na Zona Leste em Porto Velho ela terá 1.695,83m² de área construída, o valor da obra será de R$ 3.743.816,96.
Isso significa que Prefeitura de Porto Velho gastou em uma praça o dinheiro suficiente para construir três unidades de pronto atendimento que poderiam desafogar o fluxo de pacientes do Pronto Socorro João Paulo II e evitar que a saúde publica na capital chegasse ao ponto em que está. Poderia com esses onze milhões construir o primeiro hospital municipal, obra que seria uma “benção” aos milhares de portovelhenses que se aglomeram nas policlínicas.
Prioridades
Porém, ao que parece a prefeitura de Porto Velho esperou a chegada do PAC II para começar a pensar na saúde de seus munícipes, fato que mostra uma total falta de sintonia entre a prefeitura e a comunidade de Porto Velho no que diz respeito a assuntos primordiais. Para o prefeito Roberto Sobrinho e sua equipe a reforma da praça da Estrada de Ferro Madeira Mamoré é um assunto de extrema importância que chega a tal ponto de ser mais importante que um hospital municipal ou uma unidade de pronto atendimento. Será que a comunidade também pensa assim?
Discrepância
Quando o assunto é a reforma da Estrada de Ferro, é inevitável não falar da absurda cifra de onze milhões, dinheiro gasto em apenas uma parte da obra, pois até o deck foi pago pela Santo Antônio Energia.
A cada dia que se passa a recente obra de onze milhões vai se deteriorando a passos extremamente curtos enquanto a comunidade portovelhense espera por uma saúde digna de um contribuinte.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!