Se você leitor sair numa rodovia federal com o carro lotado, com todo mundo dentro do veículo sem cinto de segurança, o que acontece se a Polícia Rodoviária Federal te pegar? Multas, advertências e por aí vai. Para completar seu rol de infrações, seu veículo seria velho e em péssimas condições de uso. Aí, com certeza seu carro seria apreendido pela PRF.
Pois bem, todos os dias na Br 364, uma romaria de veículos nestas condições trafegam rumo ao canteiro de obras da Usina de Santo Antônio e pelo visto, são alvos de “vista grossa” por parte dos patrulheiros da PRF, que nada fazem para impedir a infração gravíssima de trânsito.
Os ônibus da empresa Lehia Transportes, que foram o principal alvo dos grevistas no quebra-quebra na manhã desta quinta-feira (17) em Porto Velho são o que se pode chamar de sucatas ambulantes. Os ônibus são velhos e não possuem cinto de segurança para os mais de 40 passageiros que são levados para o trabalho todos os dias.
A empresa pertence ao empresário Ronaldo Marciano, que também é o responsável pelo transporte urbano na capital. Na Câmara de Vereadores de Porto Velho, denúncia de monopólio no transporte público da capital está sendo alvo de investigações. Vale ressaltar que nas promessas de campanha do atual prefeito da capital, psicólogo Roberto Sobrinho (PT), uma de suas bandeiras de luta era a quebra do monopólio do transporte público na capital. Após sua vitória, “algo aconteceu”, pois o prefeito mudou seu discurso e nada mais falou sobre o assunto.
Com a confusão generalizada no canteiro de obras desta quinta-feira, mais de 30 veículos da empresa Lehia foram danificados e devem passar por reforma. Resta saber se serão afixados cintos de segurança.
Cabe a PRF responder por que nada faz em relação aos ônibus lotados de passageiros sem cinto de segurança na BR? Liberou geral e pode-se até andar sem capacete na rodovia federal? Outra: Porque o consórcio construtor aceita que seus funcionários sejam transportados que nem “gado”? Ficam as perguntas.....