Por iniciativa do Governo do Estado, pela primeira vez um secretário da Casa Civil e um promotor do Ministério Público visitaram juntos os dois principais hospitais da capital em busca de uma solução para o grave problema da superlotação, mal que aflige os pacientes tanto da capital quanto do interior e até de outros estados, que buscam atendimento naquelas unidades hospitalares.
O secretário chefe da Casa Civil, Guilherme Erse, convidou o promotor Hildon de Lima Chaves para visitar na manhã desta quinta-feira (10) os hospitais João Paulo II e Hospital de Base, para verem de perto como estão sendo realizados os atendimentos e a real situação dos pacientes naquelas unidades, uma vez que é constante a superlotação e a demora no atendimento. “O governador João Cahulla já determinou que todas as medidas possíveis sejam tomadas para, se não acabar de vez, reduzir a superlotação e melhorar o atendimento nos hospitais da capital, por isso já aconteceram reuniões entre as secretarias de Saúde do Estado e do Município com o M.P. e nós viemos pessoalmente ver a realidade destes hospitais para resolver o problema”, declarou o secretário.
No Hospital de Base o secretário e o promotor percorreram as enfermarias, ambulatórios e centro-cirúrgico, conversando com médicos, enfermeiros e pacientes, para ouvir sugestões de quem realmente sofre o problema. Durante a visita ambos puderam observar a grande quantidade de pacientes oriundos do interior do estado em busca de um atendimento mais complexo, como cirurgias ortopédicas, a grande maioria da demanda daquele hospital. No Hospital de Base existe um excesso de demanda, principalmente para cirurgias de alta complexidade, e será preciso aumentar o número de anestesistas e leitos, principalmente de U.T.I., o que deve acontecer com o final das obras de ampliação do H.B., previstas para o início do próximo ano. Além disso, o início de funcionamento do Hospital Regional de Cacoal deverá reduzir substancialmente o número de pacientes vindos do interior para cirurgias complexas.
O secretário Guilherme Erse e o promotor Hildon Chaves também viram de perto a realidade do Hospital João Paulo II, onde a demanda para atendimentos emergenciais e ambulatoriais é bem maior. Igualmente ao Hospital de Base, ambos percorreram as instalações da unidade ao lado do diretor geral, Dr. Rodrigo Bastos, conversando com médicos, enfermeiros e pacientes, e puderam constatar a real situação daquela unidade: muitos pacientes vindos do interior desnecessariamente, pois poderiam ser atendidos em seus municípios de origem, acidentados que deveriam ser atendidos numa unidade de pronto socorro e casos simples de mal estar que encontram fácil solução nas policlínicas municipais.
Diante do quadro constatado pelo secretário e pelo promotor, ficou decidido que o Governo do Estado vai mais uma vez oferecer ajuda material e pessoal à prefeitura da capital para aumentar e melhorar o atendimento dos pacientes nas policlínicas, que são de sua responsabilidade, para desafogar o atendimento principalmente no João Paulo II. “A população não quer saber se a responsabilidade é do prefeito ou é do governador, quer ser atendida quando precisa. É por isso que estamos aqui e vamos oferecer ajuda à prefeitura mais uma vez”, declarou o secretário Guilherme Erse ao final da visita.
Na próxima semana uma nova reunião entre as secretarias de saúde do Estado e do Município, juntamente do Ministério Público, deverá definir as ações que efetivamente serão implementadas para reduzir o sofrimento dos pacientes que buscam atendimento nas unidades hospitalares públicas da capital.
As secretarias de saúde dos municípios do interior também serão oficializadas das medidas a serem implementadas pelo Governo do Estado para reduzir o fluxo de pacientes nos hospitais da capital.