No início da tarde desta quarta-feira (14) o Hospital Infantil Cosme e Damião ficou lotado com pais e seus filhos menores de cinco anos doentes, que aguardavam impacientes pelo atendimento na principal sala de espera. Um clima tenso se criou no hospital, pais aflitos e desesperados exigiam atendimento rápido e satisfatório, pois muitos estavam esperando por um atendimento há mais de quatro horas.
De acordo com um pai que não quis se identificar o seu filho, de apenas dois anos de idade, estava passando mal e há mais de duas horas ele e a criança esperavam ansiosos por um atendimento prestativo, mas não aconteceu. Segundo este pai, uma enfermeira em tom de deboche disse para ele que o seu filho "deveria vômitar" para poder ser atendido. O número de médicos que prestam serviço no local não é suficiente para suprir a demanda de crianças doentes.
“Isto é um absurdo, como pode uma coisa dessas acontecer. Eles trabalham com a saúde e se tratando de criança a coisa é mais séria”, disse o pai indignado.
A reportagem do Rondoniaovivo.com entrou em contato com a diretora do Hospital Cosme e Damião, Marilene Penatti, que não estava no hospital, porém informou por telefone que a unidade hospitalar não é de atendimento ambulatorial e sim emergencial, pois a superlotação do hospital se deve aa precariedade dos postos e policlínicas de Porto Velho (RO) que não realizam atendimentos ambulatoriais, o que acaba inchando o Hospital.
“Não tem como a gente atender todos de uma vez, fazemos o possível para sanar o problema. Enquanto o município não arrumar as unidades da capital a gente sempre vai viver com essas superlotações”, afirmou Marilene Penat. No entanto, a diretora confirmou que apenas três médicos ficam no hospital para atender à todos.