OPERAÇÃO ABATE - Mais nove envolvidos são denunciados pelo MPF-RO

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Foto: Divulgação

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O Ministério Público Federal em Rondônia (MPF/RO) denunciou na última sexta-feira mais nove envolvidos na Operação Abate. Segundo o MPF, o grupo Bihl, de Mato Grosso, por intermédio de lobistas, pagava propina a servidores públicos para conseguir empréstimos e financiamentos em instituições públicas, para darem suporte às ações econômicas das empresas e de outros empreendimentos de interesse da família Bihl.
 
O grupo Bihl é acusado de obter documentos e providências necessárias à obtenção dos financiamentos públicos para fazer operar as empresas da família, além de ter acesso a informações privilegiadas de órgãos da administração pública.
 
As investigações da Polícia Federal apuraram que o grupo Bihl conseguiu financiamento do Ministério da Integração Nacional, com recursos geridos pelo Banco da Amazônia. O grupo teria recebido investimentos públicos dando como garantia empreendimentos que já eram garantia de outros financiamentos.
 
Os procuradores da República Heitor Alves Soares e Ercias Rodrigues de Sousa acusam os envolvidos dos crimes de obter, mediante fraude, financiamento de instituição financeira, corrupção ativa ou passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
 
Os denunciados são o empresário José Almiro Bihl e seus filhos Márcio Maurílio, Paulo Roberto e José Ricardo (todos de Mato Grosso), os lobistas Humberto Siqueira Leonetti (Rio Grande do Sul) e José Roberto Egreja Alves da Costa (São Paulo), os servidores do Ministério da Integração Nacional Vitorino Luis Domenech Rodriguez e Luiz Fernando Soares Pereira, e o diretor do Banco da Amazônia Augusto Afonso Monteiro de Barros.
 
Entenda o caso
 

Durante as investigações da Operação Abate, deflagrada no mês passado e que apurou esquema de corrupção de servidores da Superintendência Federal de Agricultura de Rondônia (SFA) na fiscalização de frigoríficos, descobriu-se que dentre as empresas beneficiadas estava o curtume Nossa Senhora Aparecida, pertencente ao grupo Bihl, de Mato Grosso. Interceptações telefônicas e de e-mail revelaram que o grupo possuía diversificação de empreendimentos, agindo por meio da corrupção de servidores públicos para obter favorecimentos.

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