Funcionários da Odebrecht denunciam uso de trabalhadores por grupos políticos

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Foto: Divulgação

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Demissões de operários que atuavam no canteiro de obras da usina de Santo Antônio, tumultos no setor de trabalho e manifestações de protestos contra a empresa Norberto Odebrecht, estariam fazendo parte de uma estratégia arquitetada por grupos políticos, de olho na alta da arrecadação sindical do setor da construção civil no Estado. E trabalhadores estariam sendo usados, conforme denúncias a seguir.

O operário Manuel Euclides da Silva, 42 anos, que trabalha no canteiro de obras da usina de Santo Antônio, afirma que um grupo dos seus companheiros da construção civil está sendo usado para instar autoridades e a sociedade contra a empregadora, sendo que, segundo ele, o grande objetivo é derrubar o sindicato que representa a categoria no Estado, por motivos capitalistas. “Nós que estamos lá dentro do canteiro percebemos toda uma jogada bem montada. Isso só está acontecendo porque as usinas estão gerando uma grande demanda de empregos, e naturalmente vai aumentar arrecadação sindical”, declarou Euclides.

Manuel Euclides, que possui uma família de operários, revela que sente indignado quando os trabalhadores da construção civil são discriminados e subestimados. “Sou operário com orgulho. Eu e praticamente toda a minha família seguimos por esse caminho. Na usina de Santo Antônio também trabalha minha esposa, dois filhos e uma filha. Agora, uma coisa que não aceito é ver pessoas e até a própria Imprensa achando que somos um bando de gente sem esclarecimento e pronto para ser usado como todos bem querem!”, desabafou Euclides.

“Quando decidi fazer essa denúncia, foi sem a intenção de condenar os companheiros, pois eles estão sendo apenas massa de manobra por parte de pessoas muito fortes que estão coordenando até as ações deles. Eu fico impressionado quando vejo o ‘Toco’ falando na Imprensa. Quem conhece ele sabe que estão colocando palavras na boca dele. Eu tentei ver em alguns sites quem é que escreve as matérias mas está lá ‘Autor: Assessoria’. Isso mostra que até assessoria eles estão tendo – mas, quem está pagando a conta? E tem matéria que só tem as iniciais dos nomes das pessoas, sem qualquer credibilidade”, questionou Euclides acrescentando que “é triste ver essas pessoas usando trabalhador para fazer a cabeça da sociedade e conquistar objetivos a qualquer preço”. (“O Toco”, que Manuel Euclides se referiu é o empregado da Odebrecht , Raimundo Soares da Costa, que lidera o grupo que se intitula “oposição sindicação”).

 

Quanto aos trabalhadores demitidos no dia 07 deste mês abril, essas demissões, segundo os companheiros de trabalho, Rook Hudson e Flávio Marques dos Santos, foram forçadas e fizeram parte de uma estratégia. “Eles vinham fazendo tumultos no setor de trabalho, tentando influenciar os outros companheiros. Eles forçaram as demissões porque têm alguma garantia por fora, senão não arriscariam seus empregos”, disse Rook Hudson.

Flávio Marques, que, aos 48 anos, pretende cursar Biologia, já tendo passado num vestibular da Universidade Federal de Rondônia (Unir), avalia que o grupo não exerce nenhuma influência com os demais trabalhadores no canteiro de obras, e que os cabeças são desprovidos de conhecimentos das leis trabalhistas, e se mostram desconhecedores das convenções coletivas e acordos firmados entre a empresa e o sindicato que representa os trabalhadores na construção civil em Rondônia (Sticcero). “Eles estão totalmente perdidos, reivindicando questões que já foram reivindicadas pelo sindicato. Também estão mentindo na imprensa, dizendo que o acordo foi feito às escuras. Sendo que está tudo lá divulgado no site da federação que representa o nosso sindicato.”, protestou Marques. (A entidade referida por ele é a Federação Interestadual dos Trabalhadores nas Indústrias nos Estados de Rondônia e Acre (Fitrac), cujo endereço eletrônico é www.fitrac.org.br).

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