O senador Expedito Júnior (PR-RO) afirmou da tribuna, nesta quarta-feira (5), que Rondônia não aceita que o governo federal proíba, "com uma canetada", o plantio de cana na Amazônia, como vem sendo noticiado na imprensa. O senador aceita que seja discutido "com os amazonenses" um zoneamento agroecológico para a região, mas não a proibição pura e simples.
Expedito Júnior informou que dois municípios de Rondônia estão recebendo investimentos para construção de destilarias de álcool, observando que as notícias desencontradas sobre o assunto podem paralisar os projetos. Ele disse que os municípios de Cerejeiras e Santa Luzia d'Oeste precisam das usinas para reduzir o desemprego e se desenvolver.
Expedito Júnior anunciou a apresentação de requerimento que convoca o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, para explicar, na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, a proposta de proibição de cana na Amazônia.
O senador por Rondônia entende que o zoneamento agroecológico evitará a expansão desordenada do plantio de cana pelo país e informou ter apresentado projeto no Senado que institui a Política Nacional de Integração Lavoura-Pecuária (PLS 260/07), o qual será objeto de audiências públicas na Comissão de Agricultura. O projeto, explicou, prevê políticas agropecuárias fundadas no manejo correto do solo, das plantas e dos animais, na formação de pastagens e na recuperação de áreas degradadas.
Lembrou que, à falta de um zoneamento nacional, alguns municípios vêm estabelecendo leis locais sobre o assunto, citando que, em Rio Verde (GO), a cana de açúcar só pode ocupar até 10% da área agrícola e que o produtor só planta com autorização da prefeitura.
- É um critério. É polêmico? Talvez. Mas o que importa é que é uma lei municipal, não foi uma proibição total e levou em conta que aquela região é grande produtora de grãos e já atraiu indústrias para essa cadeia produtiva - afirmou Expedito Júnior.
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