Rondônia corre risco de racionamento com desativação da Usina Térmica Rio Madeira da Eletronorte em Porto Velho

Rondônia corre risco de racionamento com desativação da Usina Térmica Rio Madeira da Eletronorte em Porto Velho

Rondônia corre risco de racionamento com desativação da Usina Térmica Rio Madeira da Eletronorte em Porto Velho

Foto: Divulgação

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A decisão da Diretoria da ELETRONORTE de desativação e transferência da Usina Térmica Rio Madeira de 90 MW, instalada no bairro Nacional, para outros Estados, antes que as obras de interligação ao Sistema Interligado Nacional - SIN seja concluída está causando bastante preocupação para a sociedade rondoniense e entidades como o Sindicato dos Urbanitários de Rondônia - SINDUR, Sindicato dos Engenheiros de Rondônia - SENGE, Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura – CREA e Central Única dos Trabalhadores – CUT. Segundo essas entidades, a desativação da Usina Térmica Rio Madeira antes da interligação, representa risco potencial de racionamento de energia elétrica no sistema Acre/Rondônia, pois a geração de Rondônia atende também o Acre. De acordo com as Entidades citadas, as previsões de entrada em operação das linhas que farão a interligação do Sistema Elétrico de Rondônia ao SIN apontam para o final do primeiro semestre de 2009. Assim, a desativação da UTE Rio Madeira e a conseqüente transferência das máquinas para outros Estados na área de concessão da ELETRONORTE é, neste momento, inoportuna e pode trazer grandes prejuízos para a população do Estado de Rondônia.
       
 O crescimento da demanda de energia
 
       A construção das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau no Rio Madeira, no escopo de um Projeto mais abrangente que envolve a navegabilidade do Madeira no trecho encachoeirada e a conseqüente saída para o Pacífico, já faz parte da agenda do Desenvolvimento Regional, cujos reflexos sobre o consumo de energia elétrica deverá ser cada vez mais ampliado. Nesse sentido, a série histórica do crescimento da demanda de energia elétrica do Estado de Rondônia deverá sofrer aumentos significativos, exigindo que o planejador público tome as providências necessárias para garantir o seu efetivo atendimento, dentro de padrões mínimos de qualidade e confiabilidade.
          Portanto, é necessário compreender o estágio atual em que se encontra o Sistema Elétrico Acre/Rondônia, para que as decisões tomadas possam ter sucesso. Vale ressaltar que atualmente as principais usinas de energia elétrica pertencentes à ELETRONORTE (Usina Hidráulica de Samuel e Usina Térmica Rio Madeira) e à TERMONORTE - Produtor Independente de Energia, totalizam 732,30 MW de Potência Efetiva.Considerando que já houve o registro de demanda máxima igual a 435,51 MW, ocorrida no mês de julho do corrente ano. Vale ressaltar que a demanda prevista para 2009 é de cerca de 600 MW com a implantação de novos empreendimentos no Estado. 
 
A capacidade atual das usinas
 
      A potência efetiva da Usina Hidrelétrica de Samuel (UHE Samuel) representa a capacidade total das turbinas, quando há volume de água suficiente para colocar em operação todas as unidades geradoras. Acontece, porém, que há meses durante o ano em que o volume de água do reservatório da UHE reduz drasticamente, devido à escassez de chuva. Nesse sentido, há registros operacionais indicando períodos do ano em que a UHE Samuel apresentou como potência efetiva apenas 35 MW. Mesmo considerando uma análise otimista,  a média mensal de geração dos últimos dez anos é de 90 MW.
      Da mesma forma, há registros operacionais dando conta que já ocorreram quebras de Turbinas do ciclo combinado da TERMONORTE. Quando isso acontece, praticamente dois terços da potência efetiva ficam indisponíveis, já que uma das unidades opera com o vapor produzido pelas outras duas unidades (ciclo combinado). Essa ocorrência implica numa potência efetiva remanescente igual a 120 MW. Estas situações já ocorreram e se ocorrerem simultaneamente implicará numa potência efetiva igual a 311,3 MW. Portanto, essa condição operacional, possível de acontecer novamente, exigirá um racionamento de 124,21 MW no horário de registro de demanda máxima, tomando-se como referência a demanda máxima atual. Veja então, a gravidade do problema, caso as previsões de aumento da demanda para 2009 se confirmem. Aliás, embalado pela construção das hidrelétricas no Rio Madeira, não há quem duvide que o consumo de energia sofrerá um rápido crescimento. È por isso que as Entidades estão chamando a atenção da classe política e da sociedade rondoniense em geral, para cerrarem fileira nessa causa que é do mais alto interesse para a população de Rondônia e do Acre.
 
 A volta do Racionamento
 
     A simples permanência da UTE Rio Madeira em Porto Velho não garantirá o pleno abastecimento em condições críticas de geração da UHE Samuel e/ou perda de uma grande máquina da TERMONORTE. Porém é certo que com a desativação da UTE Rio Madeira, supressão de 90 MW, esse quadro ficará mais crítico, ou seja, o racionamento na hora de pico de carga, no horário de 18h00 as 22h00 poderá chegar a 214,51 MW.  Com a desativação da UTE Rio Madeira a possibilidade de racionamento de energia é real.
 “Vale ressaltar que não somos contra a interligação do Sistema Elétrico Rondônia/Acre com o SIN. Mas nesse espaço de tempo que ficará, entre a desativação e a interligação ao SIN, prevista somente para o final do primeiro semestre do ano que vem, poderá acarretar sérios problemas no fornecimento de energia elétrica em Rondônia e no Acre. Enfim,  a população não pode ser penalizada pela decisão da Diretoria da ELETRONORTE. Precisamos manter a Usina Térmica Rio Madeira funcionando até a interligação, como garantia do fornecimento de energia para o Estado.” afirmam o SINDUR, SENGE, CREA e CUT.
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