Crianças expostas à fumaça de cigarro têm um risco maior de sofrer alergias do que as outras. Alergias a poeira doméstica e pêlos de gatos são as mais comuns.
A conclusão veio de um estudo realizado pela Universidade de Uppsala, na Suécia. Os pesquisadores buscaram determinar a influência do tabagismo passivo durante a gravidez e durante os primeiro anos de vida das crianças.
Mais de 4.000 famílias com crianças responderam a questionários que determinavam a presença de fatores ambientais e sintomas alérgicos nas fases inicias da vida dos pequenos.
Para comprovar as evidências levantadas nos questionários, as crianças foram submetidas à dosagem dos anticorpos do tipo IGe, envolvidos nos processos alérgicos, no sangue. O exame testava as reações às substâncias alérgicas alimentares e respiratórias mais comuns.
Os resultados mostraram que o tabagismo passivo durante a gravidez não trazia diferenças na presença de alergias, porém as crianças que foram expostas à fumaça de cigarros a partir dos dois meses até os quatro anos apresentavam um aumento de 30% no risco do desenvolvimento de alergias.
Os números obtidos na pesquisa, que está na revista médica "Thorax" deste mês, mostraram que o efeito alérgico é cumulativo e especialmente elevado para alergias a alimentos e respiratórias.
Eis mais uma evidência que mostra que a fumaça dos cigarros deve ser mantida o mais longe possível das crianças.