*Cerca de 1.200 trabalhadores em educação filiados ao SINTERO, utilizando-se do que prevê o Estatuto da entidade, convocaram Assembléia Geral Extraordinária para esta terça-feira, dia 29/11, às 11 horas, na Sede Administrativa do sindicato, em Porto Velho, tendo como pauta específica a destituição da comissão eleitoral e a eleição de uma nova comissão para concluir o processo de eleição sindical.
*O que levou à essa atitude dos filiados foi a sucessão de erros, equívocos e a clara parcialidade da atual comissão eleitoral, demonstrada com a publicação de duas atas equivocadas com datas diferentes para posse; pré-julgamentos em uma ata do dia 16/11/05, concordando com recursos de chapas perdedoras antes mesmo da proclamação do resultado da eleição, das contra-razões da chapa vencedora e do julgamento; descumprimento do Regimento Eleitoral, que determina a publicação imediata de uma ata geral de apuração e comunicação, em 24 horas, ao empregador. Estes são alguns dos procedimentos adotados pela Comissão Eleitoral do SINTERO, para não proclamar o resultado e para facilitar inúmeros recursos às chapas 2 e 4.
*A finalidade da destituição da comissão eleitoral e a eleição de novos membros é garantir a conclusão isenta do processo eleitoral. As três chapas de oposição, juntas, têm seis votos, de um total de sete na Comissão, e se recusam a aceitar o resultado das urnas. O edital da assembléia foi publicado no jornal Diário da Amazônia, edição do dia 27/11/05.
*A indignação maior dos filiados do SINTERO é com o fato da Comissão Eleitoral ser da própria oposição, portanto, responsável por todos os procedimentos adotados no processo eleitoral. Além disso, durante a coleta de votos e na apuração, as oposições indicaram três dos quatro mesários de cada urna. Para a categoria está claro que, se houvesse falhas no processo eleitoral, elas seriam de responsabilidades das próprias chapas perdedoras, e, neste caso, aplica-se o artigo 38 do Regimento Eleitoral, estabelecendo que “não poderá a nulidade ser invocada por quem tenha dado causa”.
*A intenção das chapas perdedoras está claramente comprovada em recurso protocolado pela chapa 4 na sexta-feira dia 25/11, que a presidente da comissão eleitoral datou como se fosse na quinta-feira. A manobra, com o apoio da maioria da Comissão, é pedir a anulação das eleições com base no artigo do regimento eleitoral que prevê esta hipótese no caso de o número de votos impugnados ser maior do que a diferença entre as duas chapas mais votadas. Eles ingressaram com pedido de recontagem e, como têm maioria na comissão eleitoral, vão tentar, ilegalmente, impugnar urnas já apuradas. Para a filiada Guelinda Jacob, que encaminhou o abaixo-assinado, “eles não querem recontar nada. Na verdade querem anular a eleição porque não aceitam a derrota, imposta pela vontade da categoria”.