*Legenda:
*A banana, fruta que fez parte do diagnóstico, é a mais produzida e consumida em Rondônia
*Um dos principais problemas da fruticultura em Rondônia tem sido a falta de informações sobre como está estruturada sua cadeia produtiva e a forma como os seus agentes se relacionam. Visando conhecer estas interações, a Embrapa Rondônia, com apoio do Sebrae, realizou o diagnóstico da cadeia agroindustrial de frutas do Estado, que teve inicio em novembro de 2004 e foi concluído este mês. Para apresentar estes dados, as instituições irão realizar Workshop para discussão e validação dos resultados com todos setores envolvidos. O evento acontece no dia 30, quarta-feira, no auditório da Ceplac, das 8h30 às 12h e das 14h às 18h.
*O diagnóstico teve como propósito o levantamento das informações sobre a produção e o mercado das principais frutas do Estado, bem como sinalizar ao poder público, instituições de fomento e organizações de apoio ao setor, sobre o estágio atual do desenvolvimento da fruticultura e discutir as possíveis intervenções, de forma que se tenham perspectivas para o estabelecimento de bases para o desenvolvimento deste setor. Para elaboração do diagnóstico, explica o coordenador do projeto e técnico da Embrapa Rondônia, Calixto Rosa Neto, foram consideradas as sete principais frutas produzidas no Estado, de acordo com dados da Emater-RO. Fazem parte deste rol a melancia, abacaxi, coco, cupuaçu, laranja, banana e maracujá. Foram entrevistados em todo o Estado 265 fruticultores, 30 gestores de agroindústrias, 212 consumidores, 04 atacadistas, 37 supermercados e 14 frutarias, além de casas agropecuárias e viveiristas. Além disso, foi feita análise do ambiente institucional para identificar as principais ações das instituições públicas junto ao setor.
*Calixto salienta que a intervenção em qualquer setor da economia requer, dos planejadores e dos seus atores, o conhecimento profundo dos fatores que, de alguma forma, interferem ou poderão interferir na formulação de políticas e na execução das estratégias delineadas. Conhecer, portanto, o ambiente em que estão inseridos, a situação atual e as tendências que se projetam, é fator diferencial para a competitividade de um setor e das organizações que dele participam.
*O que se constatou com o diagnóstico, fala o coordenador, é que um dos principais problemas do setor tem sido a falta de informações mais consistentes sobre os sistemas de produção empregados, o acesso a mercados por parte dos produtores e as relações existentes ao longo da cadeia, o que dificulta a formulação de estratégias para o desenvolvimento do setor, ou até mesmo para identificar as suas reais possibilidades de se concretizar como uma atividade rentável e geradora de emprego e renda.
*O Worshop é aberto ao público. Interessados podem entrar em contato com a área de comunicação e negócios da Embrapa Rondônia, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, pelo telefone (69) 32259387 ou acessar o site www.cpafro.embrapa.br.
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MERCADO DE FRUTAS
*Dentro dos “vários agronegócios” em que se subdivide o setor agropecuário no Brasil, o de frutas vem ganhando importância crescente, ocupando também maior espaço no mercado mundial e conseguindo se consolidar junto ao exigente consumidor internacional, tendo exportado 848 mil toneladas de frutas frescas em 2004, que proporcionaram receitas de US$ 369,7 milhões para o país. Entretanto, a maior parte da produção de cerca de 38 milhões de toneladas anuais é consumida internamente.
*Em Rondônia, embora ainda incipiente, a fruticultura vem apresentando crescimento ao longo dos anos, sendo as principais frutas produzidas o coco, banana, abacaxi, cupuaçu, maracujá, laranja, e melancia, além do cacau, que não constou no estudo pois já tem sua cadeia bem definida. Segundo dados da Emater-RO, em 2004 estas frutas ocuparam uma área de 10.476 ha., para uma produção de 84.548 toneladas, exceto o coco, cuja produção foi de 12.819 frutos. A atividade no Estado representa importante fator de geração de renda para aqueles que a exercem, principalmente considerando-se que a maioria se caracteriza como produtores familiares, possibilitando ainda a diversificação de atividades na propriedade rural e na melhoria da qualidade da alimentação do homem do campo.