Pegando as curvas da 364, fomos todos rumo à terra Chico Mendes. Sentir as energias dos ancestrais amazônicos por essas bandas de cá.
Foto: Divulgação
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*Pegando as curvas da 364, fomos todos rumo à terra Chico Mendes. Sentir
as energias dos ancestrais amazônicos por essas bandas de cá. Dentro
do ônibus, entre doses e tragos, gentilmente concedidos pelo motora em
sua cabine, a galera matava o tempo e a ansiedade da chegada.
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Rolou muita coisa boa. Engraçada. Criativa. Instintiva. O Boca, do Quilomboclada,
mostrou-se inspirado, num improviso entre batuques no teto e nas poltronas do
ônibus, do ônibus escuro, como um distraído deixou escapar
no fim de um verso.
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Longa a estrada. Cansaço e euforia se mesclavam, e o ritmo, só
podia ser o do rock. Do rock diferente do Quilomboclada, do metal pesado dos
Coveiros, ou mesmo da mistura com pegada forte do Suco de Nóis.
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Chegamos e encontramos uma cidade que vibrava. Seu calor, o do sol e o humano,
nos foram energia para esquecer as quase nove horas a bordo do baú que
nos trouxe de Porto Velho.
Meninos numa casa de palafita às margens do Rio Acre
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Sintonia!
*Palavra outra não encontrei. No palco, os caras vibravam como os solos de guitarra, e a galera ia junto, como que impulsionada pela cadência da bateria. Janor, o “show man”, compensou a falta do baixista com muita criatividade e energia. Valeu à pena.
Suco de Nóis
*No estrondo que alguns chamam de voz, Geovane mostrou toda a força da Coveiros. Quem gosta do estilo, pôde conferir um som pesado, que não deixa de lado a irreverência e as raízes regionais. Ei, eu gostei.
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Geovane, da Coveiros
*No palco dos quilombolas, dos caboclos beradeiros, dos afro-indígenas, a força dos ancestrais pairava no ar. Mestre Xoroquinho e Tino traziam batuque do bom, e mais do que isso, na palma das mãos que estalavam contra as peles de atabaques, a força da raiz africana nos fazia arrepiar. Hei Zumbi!
Mestre Xoroquinho, Janor e Tino
Laureano, o coração do som beradeiro, e que mais dizer?
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Laureano
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*Foca e o contra-baixo estavam em sintonia, e o Flamarion, com solos, as tais guitarradas, dava o toque especial às letras cantadas por Boca, Samuel e Radar.
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Flama, Binho, Foca e Mc Radar
*À frente do palco, a galera de Rondônia, do ônibus, cantava as letras como se tivéssemos ensaiado durante o percurso. E os acreanos, bem, olha aí nessa foto se eles estavam achando ruim.
E aí?
*O motorista do ônibus não foi encontrado. Sem problemas, chama o João, Diogo e companhia que eles resolvem.
*Uma cidade organizada e bela
*Bandeiras acreanas tremulam por toda a cidade. O verde e o amarelo são cores de auto-estima para o povo que lutou para ser brasileiro. Os conterrâneos de Chico Mendes podem e têm orgulho da terra deles.
Bandeira acreana à beira do Rio Acre
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O Acre está lindo. A capital é urbanizada, sinalizada, cheia de
praças, flores e gente sorrindo, não importa o lugar.
Meninos recebem com sorrisos nossa câmera
*Claro, como toda cidade brasileira tem suas mazelas, sua desigualdade, mas é possível sentir a construção de uma sociedade com políticas públicas de promoção da cidadania, principalmente na afirmação da cultura regional, dos cuidados e o respeito com os povos da floresta. Florestania é termo, se não engano. Parabéns acreanos.
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Galera pagando de turista no Parque da Maternidade
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* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!