Ele venceu na categoria Responsabilidade Social e Governança, por ter desenvolvido o Projeto Pamine (Renascer da Floresta)
Foto: Época
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Almir Suruí apresentará o "Plano de Gestão Territorial Suruí Paiter: Sustentabilidade e Preservação na Amazônia Brasileira", dia 27 deste mês, na Universidade Federal de Uberlândia (UFU). O Plano foi agraciado com o Prêmio Nobel Verde em 2023.
Almir venceu na categoria Responsabilidade Social e Governança, por ter desenvolvido o Projeto Pamine (Renascer da Floresta), responsável pelo plantio de mais de 1.5 milhão de mudas, em uma área que havia sido devastada do Território Sete de Setembro, localizada nos estados de Rondônia e Mato Grasso, onde vivem os indígenas de sua etnia.
A proposta deste evento, promovido pelo Museu dos Povos Indígenas da Universidade Federal de Uberlândia (Musíndio/UFU), é conhecer os sistemas de defesa, desenvolvidos no território Paiter Suruí, a partir da resistência indígena, utilizando monitoramento contra a invasão, desmatamento e incêndios provocados por não indígenas. Essa prática permanente e participativa, realizada em terras indígenas de todo o estado de Rondônia, concilia sensoriamento remoto com ações em campo promovidas pelos próprios indígenas.
Sobre Almir Suruí
Almir Suruí nasceu na aldeia Lapetanha na Terra Indígena Sete de Setembro, no município de Cacoal (RO). O contato do povo Paiter Suruí com os não indígenas, que migraram para a região Norte do país, aconteceu na década de 70, causando inúmeros impactos sociais, culturais e ambientais para todos os povos indígenas da região.
Pertencente ao Gamebey, clã de guerreiros que, historicamente, tem a função de criar estratégias e liderar iniciativas para benefício do seu povo, desde cedo Almir percebia a necessidade de lutar e defender as necessidades dos Povos Indígenas e a qualidade de vida digna.
A vontade de construir um futuro em harmonia com a natureza, com suas raízes e saberes, levou à busca de um desenvolvimento sustentável dentro da sua comunidade.
Com o incentivo de seu pai, saiu de sua aldeia com 15 anos para aprender a falar melhor o Português, conhecer as leis não indígenas, os direitos indígenas, os códigos dos “brancos” e, assim, lutar pela defesa de seu povo, integridade de seu território e proteção da natureza.
Desde então, tornou-se liderança reconhecida, internacionalmente, como referência na luta pela proteção da biodiversidade e integridade do ecossistema amazônico. Já palestrou em diversos países, sobre temas ligados à sustentabilidade.
Fonte: https://comunica.ufu.br/
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