Lançada esta semana, e ainda sem tradução para o português, a obra, escrita por pesquisadores brasileiros, explica por que a cultura é importante quando se trabalha com transplante de órgãos de populações etnicamente diversas
Foto: Divulgação
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Acaba de ser lançado pela Editora Springer o livro “Organ Transplantation and Native Peoples: An Interdisciplinary Approach”, de autoria do antropólogo Estevão Rafael Fernandes, professor da Universidade Estadual de Rondônia, e da nefrologista Ana Karoline Nobrega Cavalcanti, do departamento de transplante renal da Secretaria de Saúde de Rondônia, em Porto Velho.
Atuando na região Amazônica, os autores apresentam conceitos importantes da antropologia médica e sociocultural para profissionais de saúde que trabalham com transplante de órgãos envolvendo populações indígenas.
Dividido em quatro capítulos, a obra, ainda sem tradução para português, busca explicar por que a cultura é importante quando se trabalha com transplante de órgãos de populações etnicamente diversas.
“A sociedade humana é diversa em sua visão de corpo, saúde, doença, cura e cuidado. O olhar biomédico ocidental nem sempre está preparado para lidar com esse outro universo cultural ao lidar com os povos nativos. Mais do que um órgão ou um corpo, nessas sociedades, o transplante tem suas próprias implicações sociais, culturais e cosmológicas. Por que eles importam e como lidar com eles?”, escrevem os autores na introdução, sobre algumas das questões abordadas na obra.
A abordagem proposta do livro parte do pressuposto de que existem outras concepções de corpo, pessoa, saúde, doença e coletividade implicadas nos processos de transplante de órgãos e na atenção à saúde em geral que devem ser consideradas para além das perspectivas estritamente biomédicas.
A obra foi escrita pelo antropólogo Estevão Rafael Fernandes e a nefrologista Ana Karoline Nobrega Cavalcanti
Assim, para oferecer aos profissionais de saúde insights práticos, o livro apresenta uma revisão da literatura disponível sobre experiências de transplante de órgãos em países etnicamente diversos e como os profissionais envolvidos têm abordado essa diversidade respeitando esses grupos do ponto de vista cultural, ético e epidemiológico.
A obra visa principalmente a ser uma ferramenta prática para profissionais de saúde que trabalham com populações indígenas, mas também será de interesse para pesquisadores em diferentes campos das ciências sociais e da saúde, como antropologia médica, saúde pública, enfermagem, bioética e epidemiologia.
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