Os artistas do Coletivo Madeirista de Rondônia participaram na manhã desse 1º de abril, do projeto 48h DITADURA NUNCA MAIS,com a ação performática "Criados-Mudos" em frente ao palácio Getúlio Vargas, numa resposta à convocação do Coletivo Curto-Circuito de Belém/PA para ações artísticas evocadoras da memória de resistência ao período hediondo do Golpe Militar que começou a 40 anos atrás entre os dias 31 de março e 1º de abril de 1964.
O "Criados-Mudos" é parte dessa mobilização nacional de artistas, referenciada na valorização [e contra qualquer violação] dos Direitos Humanos e a preservação da memória da história recente brasileira. O projeto começou a ser articulado a partir da indignação de alguns grupos de artistas com a publicação de textos saudosistas e que amenizam a violência dos [governos] militares, numa reação à memória "requentada" dos anos de chumbo da ditadura.
A região de Rondônia, cuja administração militar permeou todo o processo anterior a 1964, teve a ditadura mais longa da história brasileira, culminando com o governo do Cel. Jorge Teixeira, lembrança essa que enseja, não só as comemorações e "saudosismos" tradicionais das viúvas de Teixeirão, mas também uma historiografia crítica ainda a ser escrita.