A segunda noite de exibição de filmes e vídeos da Mostra Competitiva da edição 2008 do Festcine Amazônia – Festival de cinema e vídeo ambiental, cujo tema deste ano é “Não – A natureza não pode sair de cena” - aconteceu ontem (12 de novembro) no Teatro Um do SESC Esplanada. Paralelamente foram exibidos também na quarta-feira no bairro Balsa, a partir das 19h00, os trabalhos da Mostra Cinema nos Bairros, que inclui a Mostra Paralela e Mostra Petrobras.
Os mestres de cerimônias, Fernanda Kopanakis e Solano Ferreira abriram os trabalhos da noite mostrando o vídeo institucional do Festcine Amazônia, um vídeo contundente e muito bem produzido e editado que mostra o quanto o Festival cresceu, como diz o narrador “o Festcine já não cabe no nosso mapa” – uma referência Itinerante que retoma suas atividades logo após o encerramento da 6ª edição do Festcine.
Fernanda destacou a presença dos diretores de dois trabalhos exibidos na Mostra Competitiva – os documentários “Horizontes de monocultura”, de Hely Chateaubriand e “Filhos do sol”, de Sandro Yuri. Em seguida o público ficou conhecendo um pouco sobre os componentes do júri da Competitiva – O jornalista e documentarista Thiago Chaves Briglia, a musicista paranaense e diretora da Araucária Produções Artísticas, Cloris de Souza Ferreira, o fotógrafo e músico amapaense, Francisco Almeida (Chico Terra), o produtor, ator e diretor recifense Ângelo José do Rego da Cunha Lima, que em 2005, com a produção “Icologia” recebe prêmios em oito diferentes festivais do país, dentre elas o Prêmio Chico Mendes de Melhor Documentário do Festcine Amazônia,e ainda o diretor artístico do Festival de Atibaia Internacional do Audiovisual, Caio Brasil.
Outro convidado do Festcine apresentado ao público, o cineasta de animação Lula Gonzaga, responsável pela Oficina de Animação que começou nesta quarta-feira (12) e vai até sexta-feira (14) no CETENE, falou sobre um trabalho realizado por alunos de uma de suas oficinas sobre o símbolo do Festival – O mítico Mapinguari, o defensor da floresta, cujo vídeo que foi exibido, arrancando aplausos da platéia.
Em seguida as exibições dos vídeos e filmes da Mostra Competitiva, o público foi brindado com a exibição do filme convidado – Sumidouro (Mg, 2008) que retrata o impacto ocasionado pela construção da Usina Hidrelétrica de Irapê (Vale do Jequitinhonha) em duas pequenas comunidades de Minas Gerais. Vale ressaltar o paralelo, considerando a construção das usinas de Jirau e Santo Antonio, em Rondônia.
O documentário, com duração de setenta e um minutos, dirigido por Cris Azzi recebeu o prêmio de melhor filme no10th FICA - Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Melhor Filme) e foi também selecionado entre seiscentos inscritos para a 13ª edição do festival É Tudo Verdade - que acontece de 26 de março a 6 de abril em São Paulo.
O jurado da Mostra Competitiva e o diretor artístico do Festival de Atibaia Internacional do Audiovisual, Caio Brasil disse que “festivais como o Festcine Amazônia contribuem para a atenção que uma Mostra de Cinema gera numa cidade, principalmente sendo um festival educacional no sentido ecológico e que democratiza o acesso ao cinema através das diversas Mostras que integram a programação como o Cinema no Beiradão, que participamos ontem à noite, o Cinema nos Bairros e tantos outros que mostram que a filosofia do Festival, é acima de tudo, conscientizar as pessoas para a preservação do meio ambiente, através do cinema, do debate e de oficinas”.
Caio afirmou ainda que os trabalhos apresentados até aquele momento têm sido de ótima qualidade técnica, principalmente lhe chamou a atenção os vídeos de animação abordando a questões ambientais nas mais diversas formas como, documentários e ficções. “O nível está ótimo, os trabalhos selecionados realmente são bons, principalmente o nível técnico das animações, volto a afirmar. Isso mostra que o Brasil é um dos melhores produtores de cinema de animação do mundo”.
O documentarista Thiago Chaves Briglia que integra o corpo de jurados da Mostra Competitiva do Festcine, destacou a qualidade dos filmes e vídeos apresentados e assim como o colega Caio Brasil, também destacou os vídeos de animação que estão sendo exibidos. “Percebemos vários formatos que os diretores de animação estão usando, a qualidade técnica dos roteiros e da produção, que não fica a desejar aos filmes do gênero realizados em outros países”.
A 6ª edição do Festival com o tema “Não – A Natureza não pode sair de cena” acontece em Porto Velho, Rondônia no período de 10 a 15 de novembro no SESC ESPLANADA, com entrada franca.
O Festcine Amazônia conta com o patrocínio da Petrobras, Ministério da Cultura através da Lei Rouanet, Fundo Nacional de Cultura, tem ainda o apoio cultural da senadora Fátima Cleide, deputado federal Eduardo Valverde, IBM, Governo de Rondônia, Secel, Semed, Fecomércio e parceiros da mídia rondoniense.