O coronel Flávio Botelho Peregrino, oficial do Exército Brasileiro, atualmente ocupava o cargo de assessor parlamentar na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), no gabinete do deputado distrital Thiago Manzoni, que é presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e secretário-geral do Partido Liberal no Distrito Federal (PL/DF). Peregrino, que anteriormente assessorava o general Walter Braga Netto durante o governo de Jair Bolsonaro, agora está no centro das investigações da Polícia Federal por seu suposto envolvimento em uma trama golpista para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
É particularmente grave que alguém na posição de Peregrino, assessorando um parlamentar distrital com responsabilidades tão cruciais como a análise da constitucionalidade de projetos e leis, esteja implicado em um esquema que visava subverter a ordem democrática no Brasil. Como assessor de Thiago Manzoni, Peregrino tinha acesso estratégico a processos legislativos fundamentais e participava do gabinete de um líder político com significativa influência na CLDF.
O envolvimento de Peregrino em uma suposta tentativa de golpe, associado a documentos apreendidos que descrevem um plano de estado de exceção, coloca em xeque a confiança pública na integridade das instituições democráticas. A situação levanta questionamentos sobre a segurança e os critérios na nomeação de assessores para cargos de tamanha relevância dentro do sistema político. As investigações seguem em andamento para determinar o papel exato de Peregrino e os impactos de sua atuação na trama golpista.