G20: Brasil lança oficialmente Aliança Global contra fome com adesão de 81 países

Argentina, que vem travando uma ofensiva contra as agendas da presidência brasileira no G20, não está na lista

G20: Brasil lança oficialmente Aliança Global contra fome com adesão de 81 países

Foto: Ilustrativa/ Reprodução da Internet

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O Brasil lança oficialmente a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza nesta segunda-feira (18), no evento de abertura da cúpula de chefes de Estado do G20, no Rio de Janeiro.
 
A iniciativa conta com 147 membros fundadores, sendo 81 países, a União Africana, a União Europeia, 24 organizações internacionais, 9 instituições financeiras internacionais e 31 organizações filantrópicas e não governamentais.
 
A Argentina, que vem travando uma ofensiva contra as agendas da presidência brasileira no G20, não está na lista. O país presidido pelo ultraliberal Javier Milei é o único do bloco das maiores economias que não aderiu ao projeto contra a fome.
 
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem como meta que o plano articule programas sociais com potencial de alcançar 500 milhões de pessoas em países de baixa e média baixa renda até 2030. Internamente, a iniciativa é considerada o principal legado do mandato brasileiro ao fórum.
O processo de adesão dos países foi aberto em julho, quando a iniciativa foi apresentada pelo governo Lula na força-tarefa dedicada ao tema. Brasil e Bangladesh puxaram a fila de adesões, seguidos por diversas outras nações. Até a véspera da cúpula, a Aliança contava com a aderência pública de 41 países, entre eles Canadá, Estados Unidos, Egito, Chile, Somália e Zâmbia.
 
Além de governos, também integram a lista de participantes organizações internacionais, bancos multilaterais e outras entidades. Também está aberta a possibilidade de um país endossar a iniciativa, sem necessariamente aderir a ela.
 
O objetivo do projeto idealizado pela presidência brasileira no G20 é dar uma dimensão internacional ao combate às desigualdades sociais –uma das três principais agendas de Lula no fórum que reúne as principais economias do mundo.
 
Um dos pilares da proposta se apoia em uma espécie de repositório de políticas de assistência social consideradas exitosas, ao qual países interessados poderão recorrer para desenvolver medidas semelhantes em seus territórios.
 
O país se coloca em uma posição de liderança nesse processo, aproveitando a imagem internacional do presidente Lula como líder comprometido com a redução das desigualdades e o histórico de políticas sociais em larga escala no país. O Bolsa Família, marca das administrações petistas, serve de vitrine para ações globais.
 
Além de ações de transferência de renda, a Aliança inclui planos como expansão de merendas escolares em países com fome e pobreza infantil endêmica, iniciativas em saúde materna e de primeira infância e programas de inclusão socioeconômica, com foco em mulheres.
 
Só no Brasil, 8,4 milhões de pessoas passaram fome entre 2021 e 2023, segundo estudo da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) e de outras agências da ONU.
 
A Aliança Global Contra a Fome e Pobreza terá uma governança própria, vinculada ao G20. Durante as negociações, o governo Lula se comprometeu a repassar R$ 50 milhões para o secretariado da iniciativa. O Brasil contará com contribuições adicionais de países como Noruega, Portugal e Espanha.
 
Além disso, a Aliança realizará cúpulas regulares contra a fome e a pobreza e estabelecerá um conselho de campeões de alto nível para supervisionar seu trabalho. De acordo com a presidência brasileira do G20, a estrutura completa de governança deverá estar em operação até meados de 2025.
 
 
LISTA DE PAÍSES FUNDADORES DA ALIANÇA CONTRA FOME
 
Alemanha
 
Angola
 
Antígua e Barbuda
 
África do Sul
 
Arábia Saudita
 
Armênia
 
Austrália
 
Bangladesh
 
Benin
 
Bolívia
 
Brasil
 
Burkina Fasso
 
Burundi
 
Camboja
 
Chade
 
Canadá
 
Chile
 
China
 
Chipre
 
Colômbia
 
Dinamarca
 
Egito
 
Emirados Árabes Unidos
 
Eslováquia
 
Estados Unidos
 
Espanha
 
Etiópia
 
Filipinas
 
Finlândia
 
França
 
Guatemala
 
Guiné
 
Guiné-Bissau
 
Guiné Equatorial
 
Haiti
 
Honduras
 
Índia
 
Indonésia
 
Irlanda
 
Itália
 
Japão
 
Jordânia
 
Líbano
 
Libéria
 
Malta
 
Malásia
 
Mauritânia
 
México
 
Moçambique
 
Mianmar
 
Nigéria
 
Noruega
 
Países Baixos
 
Palestina
 
Paraguai
 
Peru
 
Polônia
 
Portugal
 
Quênia
 
Reino Unido
 
República da Coreia
 
República Dominicana
 
Ruanda
 
Rússia
 
São Tomé e Príncipe
 
São Vicente e Granadinas
 
Serra Leoa
 
Singapura
 
Somália
 
Sudão
 
Suíça
 
Tadjiquistão
 
Tanzânia
 
Timor-Leste
 
Togo
 
Tunísia
 
Turquia
 
Ucrânia
 
Uruguai
 
Vietnã
 
Zâmbia
 
União Africana
 
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