O jornal Folha de São Paulo divulgou na última segunda-feira, 26, que o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, determinou a quebra de sigilo fiscal e telefônico do principal ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, por ‘transações financeiras suspeitas’, descobertas pela Polícia Federal dentro do caso que apurava o vazamento de uma investigação sobre um hacker no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A apuração foi compartilhada por Moraes e agora tramita no inquérito das milícias digitais.
O material analisado pela Polícia Federal indica que as movimentações financeiras se destinavam a pagar contas pessoais da família presidencial e também de pessoas próximas da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
A assessoria da Presidência nega qualquer irregularidade nas transações e diz que os valores movimentados têm como origem a conta particular do presidente da República.
Uma das suspeitas que estão sendo apuradas pela PF com base nos diálogos é o pagamento de uma fatura de plano de saúde de um parente do casal presidencial.
Em outro caso, há pagamento fracionado para uma tia de Michelle, que cuida da filha de Bolsonaro, Laura, quando a primeira-dama está em compromissos ou em viagens.
Realizações de depósitos fracionados e saques em espécie chamaram a atenção da polícia, que desconfia da tentativa de ocultar a procedência do dinheiro.