POBREZA: Cresce o desemprego, o desalento e as desigualdades no Brasil

7,4 milhões de pessoas continuam procurando emprego pelo período entre um mês e um ano

POBREZA: Cresce o desemprego, o desalento e as desigualdades no Brasil

Foto: Divulgação

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CORREIO BRAZILIENSE - No segundo trimestre de 2020, o Brasil viu crescer o desemprego, o desalento e as desigualdades. 7,4 milhões de pessoas continuam procurando emprego pelo período entre um mês e um ano. Quantidade que cresceu 27,9% na comparação com o mesmo trimestre de 2019. Na faixa de procura por emprego há mais de dois anos (2,5 milhões de pessoas) houve queda de 26,5% no confronto com o ano passado. A taxa de desemprego no pais, no período, ficou em 13,3%, com crescimento de 1,1 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre (12,2%). Na comparação com o mesmo trimestre de 2019 (12%), a alta foi ainda maior, de 1,3 ponto percentual. Das 27 unidades da federação, 11 foram mais atingidas.

 

As maiores taxas foram na Bahia (19,9%), Sergipe (19,8%) e Alagoas (17,8%) e as menores em Santa Catarina (6,9%), Pará (9,1%) e Rio Grande do Sul (9,4%), de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mulheres, negros e os mais jovens foram os mais atingidos no segundo trimestre de 2020. A taxa de desocupação foi 12% para os homens e 14,9% para as mulheres. Para brancos (10,4%), abaixo da média nacional, mas para pretos (17,8%) e pardos (15,4%) ficou acima. Os grupos de 14 a 17 (42,8%) e de 18 a 24 anos (29,7%) continuaram com as maiores taxas.
 
A desocupação entre as pessoas com ensino médio incompleto foi a maior, com 22,4%. O índice para quem tinha nível superior incompleto foi de 15,8%, mais que o dobro da verificada para aqueles com nível superior completo, 6,4%. Já a taxa de subutilização da força de trabalho (desocupados, subocupados por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação a força de trabalho ampliada) foi de 29,1%, com aumento frente ao trimestre anterior (24,4%). O Piauí (47,8%) tinha a taxa mais alta, seguido por Alagoas (46,4%), Maranhão (45,8%) e Sergipe (45,1%). As menores foram em Santa Catarina (13,8%), Paraná (19,3%) e Mato Grosso (19,8%).
 
De acordo com a Pnad Contínua, no período, o número de desalentados também cresceu: foi de 5,6 milhões de pessoas, com alta de 19,1% em relação ao trimestre anterior. O maior contingente estava na Bahia (849 mil). O percentual de pessoas desalentadas (em relação à população na força de trabalho ou desalentada) foi de 5,6%, aumento de 1,2 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior. Maranhão (21,6%) e Alagoas (20,7%) tinham os maiores percentuais e Santa Catarina (1,4%) e Distrito Federal (1,2%), os menores.
 
“O nível da ocupação caiu em todas as grandes regiões. E a queda recorde no nível da ocupação no segundo trimestre foi mais intensa entre os homens; as pessoas de 18 a 24 anos e, por nível de instrução, as que têm até o ensino médio. Com relação a cor e raça, as pessoas de cor preta e parda, também tiveram quedas bastante acentuada em todo o Brasil”, resume Adriana Beringuy, analista da Pnad Contínua. Ela ressaltou, ainda, que o percentual de empregados com carteira de trabalho assinada era de 77,7% do total no setor privado. Os menores índices eram no Maranhão (53,7%), Piauí (58,1%) e Pará (60,2%) e os maiores em Santa Catarina (90,5%), Paraná (83,2%) e São Paulo (83,2%).
 
Os que trabalham por conta própria eram 26% do total. As unidades da federação com os maiores percentuais foram Amapá (36,7%), Paraíba (34,2%) e Pará (32,9%) e os menores estavam no Distrito Federal (19,1%), São Paulo (22,3%) e Santa Catarina (23,6%). Em relação ao tempo de procura, no segundo trimestre de 2020, 7,4 milhões dos desocupados buscavam ocupação de um mês a menos de um ano, com alta de 27,9% com relação ao mesmo período de 2019. Já 2,5 milhões estavam procurando há mais de 2 anos, queda de 26,5% no comparativo com o 2º tri de 2019.
 
Informais
 
A taxa de informalidade para o Brasil ficou em 36,9% da população ocupada (30,8 milhões de pessoas). Entre as unidades da federação, as maiores taxas foram do Pará (56,4%) e Maranhão (55,6%) e Amazonas (55,0%) e as menores em Santa Catarina (25,8%), Distrito Federal (26,0%) e São Paulo (28,6%). Entre os informais estão: empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; empregado doméstico sem carteira de trabalho assinada; empregador sem registro no CNPJ; trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ; trabalhador familiar auxiliar.
 
Já o rendimento médio real de todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas, por mês, foi estimado em R$ 2.500. Houve aumento tanto em relação ao trimestre imediatamente anterior (R$ 2.389) quanto em relação ao mesmo trimestre de 2019 (R$ 2.339). E entre o primeiro e o segundo trimestre de 2020, as cinco regiões apresentaram aumento nos rendimentos. Os maiores foram o Distrito Federal (R$ 4.009), São Paulo (R$ 3.167) e Rio de Janeiro (R$ 3.162) e as menores, Maranhão (R$ 1.426), Piauí (R$ 1.495) e Alagoas (R$ 1.549).
 
A massa desse rendimento foi de R$ 203,5 bilhões, redução tanto em relação ao trimestre anterior (R$ 215,5 bilhões), quanto frente ao segundo trimestre de 2019 (R$ 212,9 bilhões). O Sudeste apresentou a maior massa de rendimento real ao longo da série histórica, tendo registrado R$ 106.046 milhões no segundo trimestre de 2020. Em relação ao primeiro trimestre de 2020, todas as cinco regiões tiveram redução, exceto o Norte (estabilidade). Os estados com as maiores massas de rendimento foram São Paulo (R$ 62,5 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 20,8 bilhões) e Minas Gerais (R$ 18,9 bilhões). Já os com menores números foram Roraima (R$ 472 milhões), Acre (R$ 562 milhões) e Amapá (R$ 619 milhões).
 
 
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