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Não faz muito tempo, a sociedade brasileira foi às ruas pedir a cabeça de uma presidente da República por improbidade administrativa. Depois, essa mesma sociedade voltou às ruas para exigir a prisão de um ex-presidente da Republica acusado de ser o chefe de uma quadrilha que desviou bilhões de reais dos cofres públicos – o maior escândalo de corrupção de que se tem noticia no mundo.
É triste verificar que de lá para cá pouca coisa mudou na conduta e nos costumes de alguns políticos e responsáveis pelos negócios públicos. Ainda agora a opinião pública foi sacudida com a notícia de que dez pessoas, dentre elas um secretário municipal, foram presas pela Polícia Federal por irregularidades na execução de contratos e superfaturamento de preços, causando um prejuízo de milhões de reais aos cofres do município de Porto Velho.
Mais triste, ainda, é saber que a maioria dessas pessoas foi nomeada para zelar pelos recursos públicos. Em vez disso, metem os pés pelas mãos, confundindo o público com o privado, desviando dinheiro extraído da população, por meio de um sem-número de impostos, enriquecendo da noite para o dia com a grana do contribuinte.
Na prática, mostram-se indiferentes a um processo de renovação social, quando a população, cansada de ser roubada, reclama mudanças profundas na atuação administrativa dos dirigentes em todos os níveis. Ainda bem que podemos contar com a vigilância de instituições como o Ministério Público, Tribunal de Contas, Controladoria Geral da União e Polícia Federal, dentre outros órgãos de fiscalização. Caso contrário, o Brasil já teria sumido do mapa. É como se o esforço do país inteiro em defesa da moralidade e contra a corrupção não significasse nada para essa gente.
Até onde se sabe o prefeito Hildon Chaves não tem culpa no cartório. Continua, portanto, merecedor do respeito e da consideração de seus concidadãos, mas se não pode negar que o escândalo abalou profundamente as bases de sua administração, já carcomidas pela incúria de alguns setores.
O povo não aceita mais a permanente agressão aos seus valores morais e a continuada decomposição da vida pública. A sociedade não vai mais pagar a conta da corrupção que se espalha pelos quatro cantos deste país como erva daninha, enquanto muitos brasileiros vivem no limite social da miséria.
Durante a campanha eleitoral, muitos vendem a imagem de seriedade, de homens probos, comprometidos com a ética, porém, uma vez alçados a postos de mando, mudam de posição, priorizando seus mesquinhos interesses pessoais, em detrimento dos da sociedade.
No dia em que as autoridades deste país levarem a sério a sociedade e se entenderem mandatárias destas, e não seus senhores, aí então episódios como esse da Secretaria Municipal de Educação serão evitados.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!