O distanciamento do Estado de direito com a verde mata, provoca uma espécie de desregramento das leis de proteção ao meio ambiente. A aversão humana à mata gera uma extirpação e abnegação aos valores ontológicos do lugar amazônico.
O lugar sente-se absorto e asfixiado diante de ações malevolentes e afrontosas às leis vigentes que protegem a floresta. Os povos, antes resistentes e obstinados, não estão encontrando mais forças para enfrentar o avanço desenfreado da sociedade envolvente que cotidianamente cometem os infortúnios dos crimes ambientais em ascensão.
A execração e alijamento do homem e do lugar transformou-se numa verdadeira balbúrdia e um estado fortalecido pelo ódio e pela belicosidade incessante dos hábitats naturais da floresta. Os bravateamentos não cessam, as catástrofes estão imperando, enquanto a dor e o calvário causticante das populações originárias e tradicionais da Amazônia continuam colocando em desespero aqueles que sobrevivem da mátria mãe florestal.
A calamidade clarividente dos desterrados é o resultando de um poder hegemônico dominante que coíbe a liberdade humana, que destrói sem comiseração, que ataca sem complacência, que intimida com defraudação, que permite a degradação, e que provoca com delinquência a derrocada humana em profundo estado de desprezo e desilusão.
Resta-nos de forma lúcida e consciente combater a vigência do desdém, combater o sentimento de tristeza e frustação, evitar a ruina generalizada do lugar, e somente evitando essas ações fúteis e desmoralizantes, é que podemos, enfim, atenuar a devassidão dos gargalos da florestania.