PREVENÇÃO: Nazif apresenta projeto para que empresas aéreas tenham desfibriladores

No Brasil, 300 mil pessoas por ano são vítimas de morte súbita como consequência de arritmias cardíacas

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 O deputado Mauro Nazif (PSB) de Rondônia deu entrada na Câmara, no Projeto de Lei 2518/2019, que obriga empresas aéreas a terem desfibriladores em viagens aéreas.

 

No Brasil, 300 mil pessoas por ano são vítimas de morte súbita como consequência de arritmias cardíacas. A maioria das mortes ocorre fora do ambiente hospitalar. Dos casos de parada cardíaca que acontecem em ambientes externos aos hospitais, 86% acontecem nos lares das vítimas e 14% em vias públicas ou lugares com grande concentração de pessoas como aeroportos, estádios esportivos e shoppings centers, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas - SOBRAC. A cada hora, 40 pessoas morrem em decorrência de doenças do coração. As doenças cardiovasculares são as principais causas de morte no Brasil, de acordo com o levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

 

É importante destacar que a obrigatoriedade do desfibrilador somente para aviões, como o projeto propõe, deve-se a singularidade que esse meio de transporte apresenta, não sendo possível a realização de um atendimento de emergência médica de forma rápida. Sendo que os custos financeiros serão mínimos e plenamente justificáveis em face do direito que se pretende amparar.

 

Eu já tive a oportunidade de, durante um voo de Porto Velho para Brasília, em meados de 2010, ser chamado pela tripulação para atender uma pessoa que passava mal. Como médico, suspeitei da ocorrência de princípio de infarto do miocárdio. Solicitei a comissária um estetoscópio. Para a minha surpresa, no kit de primeiros-socorros não havia tal instrumento. Diante do grave quadro do paciente, orientei a tripulação que acionasse o serviço médico de emergência e pousasse a aeronave na cidade mais próxima. Por sorte ou providência divina, a pessoa conseguiu sobreviver. Mas o desfecho, sem dúvidas, poderia ser outro”, relata Nazif.

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