Também não é “Fake News” que o ex-promotor foi chamado na Corregedoria do MP por ter dado um ‘nada consta’ para seu cunhado que estava preso por roubo de carga.
Ficha funcional no MP/RO mostra outro perfil / Foto: Divulgação
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Pronto, acabou o mito. Durante entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (29), o prefeito Hildon Chaves (PSDB) afirmou que a frase “Eu conheço um bandido em dois minutos de conversa” que garantiu sua eleição era uma “Uma simples retórica de linguagem em debate”. Ou seja, uma balela, uma lorota. Coitado de você eleitor, que comprou a expressão como Verdade.Se deu mal.
A conversa que tinha tirocínio policial era papo para boi dormir (não é o vice delatado) e não era surpresa para este repórter. Já sabíamos até que o promotor/político também nunca prendeu ninguém com mandato eletivo.
Na verdade tem grandes amigos na política, entre eles, seu quase irmão Expedito Junior (O ex-senador que comprou votos e caiu na operação Garoupa da PF).
FICHA NO MP/RO
Também sabíamos que na sua ficha funcional do estágio probatório para promotor de justiça, a palavra desídia aparece três vezes.
Aliás, a recomendação do Parquet era para não ser nomeado Promotor de Justiça, tamanho seu ‘desleixo’ com os processos sob sua responsabilidade.
Também não é “Fake News” que o ex-promotor foi chamado na Corregedoria do MP por ter dado um ‘nada consta’ para seu cunhado que estava preso por roubo de carga.
Outra verdade, que não é “Fake News”, é que Hildon Chaves após ter seu nome citado em investigação da Policia Federal durante operação Termopilas, foi chamado na Corregedoria do Ministério Público ( de novo).
Lá ‘Hildão’ ficou sabendo que a Policia Federal tinha entregue ao MP/RO, provas emprestadas da investigação em que o citavam. Isso tudo aconteceu enquanto a população estava jogada no chão do “João Paulo II” e Hildon era promotor da saúde. Poucos dias depois, após aplicação de pena de censura, pediu para sair.
CIRANDOU
Pois bem, a operação Ciranda da PF/CGU levou dois secretários de Hildon para cadeia.
Foram comer marmitex no presidio Marcos Aurélio e Erivaldo Almeida.
O primeiro, secretario de Educação veio das empresas de Hildon. Era funcionário do prefeito, coordenador das faculdades no interior. Gente da sua ‘cozinha’ como se diz no popular.
Pois bem, recebeu ‘sugestão’ de não renovar contrato viciado da Semed com empresas de transporte fluvial de alunos da rede pública municipal ( No transporte terrestre, mais de 2000 crianças fora da sala de aula e silencio sepulcral do MP). Mas sabe-se lá porque não atendeu os ‘homens de preto’ e se deu mal.
O segundo, é o secretario adjunto da educação. E quem é ele?
ESPECIALISTA
O cidadão Erivaldo Almeida, nomeado secretário adjunto da educação de Porto Velho no último dia 18/4, há pouco mais de 30 dias, tem o dom de 'tentar' apagar rastros de lambanças administrativas. Entrou na roda da 'ciranda' justamente quando CGU/PF estavam monitorando a 'sindicância' da PMPV sobre contrato de transporte escolar fluvial.
Aguardavam conclusão da investigação municipal. Mas resolveram se antecipar. Quebraram o 'acordo'? Ou algo motivou ação policial?
PETISTA DE CARTEIRINHA NO NINHO TUCANO
Almeida foi Adjunto da Semed da Epifania e depois foi adjunto da Fatinha (No período do PT - Roberto Sobrinho)
Ele é o mesmo do desaparecimento de uma Hylux da Semed. (pagou detetives particulares com grana da Semed) para resgatar o carro. Como não conseguiu, comprou uma igual da mesma cor (tentando encobrir tudo)
Resta saber quem indicou o cidadão e qual foi sua missão?
PASSO A PASSO, VEJA COMO O ESPECIALISTA FEZ PARA TENTAR ENCOBRIR OUTRO MAL FEITO EM GESTÃO PÚBLICA
Em 2006 a prefeitura municipal, através da Secretaria Municipal de Educação comprou duas camionetes Toyota, modelo Hilux 3.0 SRV 4x4, automática, com recursos oriundos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental – FUNDEF -, no valor de R$ 109 mil cada. O empenho foi o de número 005218/2005, nota fiscal nº 14772 e o processo de compra nº 09.0782/2005.
Uma delas, que estava à disposição da então secretária Epifânia Barbosa, chassi número 8AJFZ29G566019076, placa NCS 5093, foi roubada no estacionamento do supermercado Gonçalves, por volta das 22h40min do dia 27/09/06.
De acordo com o boletim de ocorrência 3609/06, registrado no 7º DP, o motorista da camionete, Evandro Pereira Ramos, acompanhado de sua esposa Maria Elisabeth, estava nas proximidades de um supermercado na avenida Jatuarana, quando percebeu o pneu murcho. Ele teria deixado sua esposa no estacionamento e seguiu para uma borracharia, onde encheu o pneu e retornou para buscar Maria Elisabeth.
No estacionamento teria sido abordado por cinco elementos, que após renderem o casal, seguiram para a estrada dos Japoneses, onde os mantiveram na mata até às 5 horas da manhã do dia seguinte, liberando-os em seguida.
A investigação policial revelou o que já era sabido. O borracheiro negou que o motorista tivesse enchido o pneu conforme ele alegou em depoimento, comprovando que o veículo estava sendo usado para fins pessoais.
RESGATE
No início de 2008, Cleomar Dirceu Schwalbe, proprietário da empresa C.D.S Investigações de Brasiléia (AC), especializada em “resgate” de veículos roubados no Brasil e contrabandeados para a Bolívia fez um contrato com a Semed. Por resgate, entende-se roubar o veículo de volta.
Para prestar esse serviço, a empresa cobra 20 por cento do valor de venda do automóvel, segundo a tabela FIP, que avalia o modelo em questão em R$ 100 mil (preço de hoje 22/10/08).
O mais incrível é que a Secretaria Municipal de Educação, um órgão oficial, que deveria tentar recuperar o veículo por vias oficiais, acionando o Consulado Brasileiro, registrou em cartório, no dia 6 de março deste ano, um Contrato Particular de Prestação de Serviços, entre a Secretaria Municipal de Educação (SEMED) e a empresa C.D.S Investigações. Quem assinou pela SEMED foi o secretário adjunto, Erivaldo de Souza Almeida, que anexou ainda sua portaria de nomeação como autoridade municipal.
O CONTRATO
A quinta cláusula do contrato chama a atenção. Ela diz que “o não pagamento no ato da entrega do veículo, conforme combinado em cláusula anterior, pelo contratante à contratada (prefeitura x C.D.S), dará o direito à contratada de reter o bem objeto do presente contrato, e cobrar da contratada, a título de multa contratual, o valor de 5% do valor contratado, até o fiel cumprimento total da obrigação assumida pela contratante em favor da contratada”.
Isso quer dizer que, caso a SEMED não tenha o dinheiro (cerca de R$ 20 mil) para pagar à vista, a tal empresa acreana ficará com a camionete até que tudo esteja quitado.
Na época a SEMED também, para “abafar” o caso, adquiriu outra camionete, de igual modelo e cor para substituir a que foi roubada e a “falha” administrativa poderia assim passar desapercebida.
Achou muito? Pois tem mais. Passados cerca de três anos do roubo, a camionete Hilux ainda não havia sido baixada do patrimônio do município, constando como veiculo ativo, supostamente entrando nas estatísticas de previsões de abastecimento da Educação.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!