Ezequiel anuncia comissão para fiscalizar desmandos no DER
Foto: Divulgação
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Deputados querem esclarecimentos sobre o desaparecimento de máquina do Departamento. O deputado Ezequiel Junior (PSDC), presidente da Comissão de Fiscalização e Controle da
Assembleia Legislativa, anunciou a criação de uma comissão especial que vai apurar denúncias e fiscalizar os desmandos no Departamento de Estradas de Rodagens (DER), após receber grave denúncia de um servidor aposentado.
De acordo com o servidor, houve a venda de uma máquina de propriedade da 13a residência em Porto Velho. Ele afirmou e que o dinheiro foi dividido entre os servidores envolvido no golpe. Essa denúncia foi feita por escrito e entregue ao deputado Jesuíno Boabaid (PTdoB), que encaminhou para a comissão da Casa de Leis.
Ezequiel informou que durante reunião ordinária da comissão, ficou definido esse formato de investigação. “Primeiramente vamos ouvir o servidor que apresentou a denúncia e coletar mais informações e nomes de pessoas envolvidas na ação”, disse.
O parlamentar afirmou que os deputados vão averiguar de perto e buscar uma resposta para essa e outras denúncias que chegam a todo o momento nos gabinetes. Além disso, a comissão vai solicitar do diretor do DER, coronel Lioberto Caetano, uma posição sobre o que foi feito em relação ao sumiço desta máquina e se alguém foi punido. “Vamos até as últimas consequências para descobrir a verdade, doa a quem doer”, deixou claro Ezequiel.
Em aparte, o deputado Jean Oliveira (PSDB) disse que na época do diretor Lucio Mosquini, existia um programa de acompanhamento integral das máquinas, uma espécie de monitoramento. Se a máquina saísse da região estabelecida para o trabalho, um comando automático informava os supervisores.
Jean Oliveira ainda anunciou que está formalizando outra denúncia contra o DER. Segundo ele, residentes do departamento estão utilizando maquinário para trabalhar em propriedade privada e em casas de funcionários do próprio DER e até mesmo fora do Estado. “O gestor precisa abrir os olhos, pois logo estará envolvido nas questões judiciais do órgão”, afirmou.
O deputado Edson Martins (PMDB) concordou que as denúncias são graves e que os fatos precisam ser apurados de forma célere. “Precisamos ouvir essas pessoas envolvidas e descobrir como uma máquina some do pátio de um órgão de forma misteriosa”. O parlamentar também apresentou denúncia para que a Comissão de Fiscalização e Controle investigue a situação da Ciretran em Vale do Anari.
Ele afirmou que a sede do órgão funciona na casa de um ex-diretor, que mantém três parentes nomeados e que o aluguel é um absurdo.
Laerte Gomes (PEN) parabenizou a comissão pela iniciativa de fiscalizar essas denúncias. Disse que a cada dia vê a nomeação de membros da diretoria anterior. “São os mesmos funcionários que hoje estariam envolvidos neste caso de sumiço de máquinas”, afirmou.
Adelino Follador (DEM) pediu que a comissão fiscalize o caso até as últimas consequências. Falou sobre os postos de combustíveis que abastecem as máquinas do DER serem de propriedade de pessoas ligadas a funcionários e diretores. Também destacou a falta de revisão nas máquinas e perda da garantia de todos os equipamentos. “Fica mais caro consertar do que comprar outra máquina”, relatou. Denunciou que há mais de seis meses o DER não compra material de limpeza, peças de reposição, dentre outras necessidades do órgão.
Lazinho da Fetagro (PT) disse ser preciso saber quem, de fato, comanda o DER. “Não está claro isso, mas entendo que o coronel Caetano é o diretor, porém é visível a falta de gestão”, afirmou.
O deputado Cleiton Roque disse confiar na capacidade de comando do coronel Caetano, mas afirmou que ele precisa se impor diante da pasta e fazer valer suas decisões.
Ao encerrar, Ezequiel informou que na próxima semana os envolvidos serão convocados a prestar esclarecimentos na Comissão de Fiscalização e Controle. O deputado sugeriu uma investigação para saber quem são as pessoas que estão à frente do DER em todo o Estado, analisar o histórico de vida pública desses servidores. Ezequiel disse, ainda, que em relação a muitas máquinas, quando precisam de reparos, são os próprios funcionários que pagam por essas necessidades imediatas.
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