Deputado Marcos Rogério “estourou” cota de gasolina do congresso durante campanha

Levando em conta o preço médio do combustível, um carro que percorra 10 quilômetros por lito rodaria 14.000 quilômetros com esse valor. Em um mês com 22 dias úteis, isso significa um trajeto de 640 quilômetros por dia.

Deputado Marcos Rogério “estourou” cota de gasolina do congresso durante campanha

Foto: Divulgação

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Quem passasse pelo Congresso Nacional nos meses de setembro de outubro teria muito mais chances de encontrar turistas do que deputados ou senadores. Enquanto a campanha eleitoral se acirrava, os plenários da Câmara e do Senado ficaram vazios.

Os parlamentares só pensavam em votos. Mas parte da engrenagem não parou. Pelo menos a que garante benefícios aos deputados. Somente nos dois últimos meses da campanha, os integrantes da Câmara gastaram mais de 1,5 milhão de reais em combustível da cota parlamentar, a antiga verba indenizatória.

Em setembro, foram 791.656 reais em gasolina, álcool e diesel. No mês seguinte, 768.411 reais. Em tese, o dinheiro deve ser usado apenas em exercício do mandato. Mas, para prestar contas, basta ao deputado entregar uma nota fiscal do posto de combustível. Não há como provar que os recursos foram empregados conforme a regra.

Entre esses parlamentares está o deputado rondoniense, Marcos Rogério (PDT), reeleito na última no último pleito.  O deputado utilizou seus R$ 4.500 durante o período eleitoral.

Levando em conta o preço médio do combustível, um carro que percorra 10 quilômetros por lito rodaria 14.000 quilômetros com esse valor. Em um mês com 22 dias úteis, isso significa um trajeto de 640 quilômetros por dia.

É como se o carro rodasse 8 horas diárias a uma média de 80 quilômetros por hora, sem interrupção. Nem uma trupe de circo passa tanto tempo na estrada.

Em entrevista, o deputado ainda afirmou que durante o período eleitoral realizou a chamada “Agenda Casada”, onde o político realiza a junção de sua agenda de trabalho público com atividades eleitorais.

“Nesse período de campanha o escritório continuou funcionando. E eu tinha agenda de campanha e agenda de deputado. Continuei visitando os municípios”, disse o parlamentar.

Essa prática foi utilizada inclusive pela presidente Dilma Rousseff (PT) durante sua campanha. O partido da presidente teve de arcar com a viajem de Dilma a Porto Velho, após polêmicas envolvendo esse tipo de procedimento, fato que senão foi qualificado como ilegal, foi considerado imoral pela opinião pública.

Resta saber se Marcos Rogério realizou atividades eleitorais e comícios nas mesmas datas em que utilizou a gasolina do congresso brasileiro.

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