POLÍTICA E PODER - Por Roberto Kuppê

KASSAB

Os anti-petistas que tanto condenaram Lula afirmando que ele sabia do Mensalão e outros delitos cometidos no governo dele, não estão acusando o ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD) de saber do maior escândalo já ocorrido numa prefeitura. Foram pagos por construtoras a título de propina mais de 500 milhões de reais a auditores fiscais da prefeitura de São Paulo, no período de Kassab.

A Brookfield pagou propina para liberar 20 Prédios. Um diretor e um funcionário da Brookfield confirmaram ao Ministério Público que deram propina a quatro servidores da Prefeitura de São Paulo para pagar menos impostos em imóveis novos. Os quatro servidores, presos na última quarta, receberam R$ 4,1 milhões para liberar 20 empreendimentos de pagar o valor total do ISS (Imposto sobre Serviços), disse o promotor Roberto Bodini. Os pagamentos foram de novembro de 2009 a outubro de 2012.

MENSALINHO

O famoso Mensalão do governo petista envolveu cifras de 50 milhões. Já o escândalo do Metrô de São Paulo nos governos tucanos (PSDB) ultrapassam os 500 milhões, mesmo s valores do agora escândalo do PSD de Kassab. Diante destas descobertas, o mensalão virou mensalinho, mas a mídia e os anti-petistas fazem de conta que só no PT tem corrupção.

PSD/HERMÍNIO

Em Rondônia, o PSD tem como timoneiro o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Hermínio Coelho, envolvido na Operação Apocalipse, suspeito de manter parceria com o crime organizado. Hermínio que se diz inocente e verdadeiro paladino da moralidade está prestes a firmar outra parceria: com o senador Ivo Cassol (PP), condenado a quase cinco anos de prisão em regime semiaberto, por corrupção ativa.

ESTRANHO

Dois servidores da Assembleia Legislativa (cargos comissionado) foram assassinados semana passada. Um era ligado ao deputado Luizinho Goebel e outro, a Claudio Carvalho (PT), este último suspeito de ligação com o crime organizado. Não se sabe se os crimes tem relação entre si.

CONFÚCIO

Aos poucos analistas políticos chegam à conclusão de que a reeleição de Confúcio Moura (PMDB) não está muito difícil como apregoam defensores do quanto pior melhor. Depois que se livrou das irmãs que mais atrapalhavam do que ajudavam, o governador ficou mais leve conseguindo assim governar com mais tranquilidade. Com a pequena reforma administrativa o governo toma fôlego e caminha célere ao desenvolvimento desejado.

CONFÚCIO 2

O governador é alvo de críticas que ele considera exageradas. O governo dele não está tão mal assim como apregoam. Mas, mesmo assim, Confúcio se mostra cavalheiro e não responde a altura a estas críticas. Mesmo porque há uma máxima em política que aconselha não polemizar para baixo e entregar a tarefa a outro político do mesmo nível.

ROMÁRIO

Quando Romário anunciou, em 2010, que disputaria as eleições para deputado federal, as críticas vieram de todos os lados. O pensamento comum na época é que a eleição do Baixinho ajudaria a queimar ainda mais a imagem do Legislativo brasileiro, tão arranhada pelos escândalos em série – afinal, Romário nunca foi um exemplo de disciplina e tenderia a ser eleito apenas pela sua carreira como jogador, e não pelas propostas políticas.

ROMÁRIO 2

Mas as expectativas ruins sobre a performance de Romário em Brasília foram se dissipando à medida em que o tempo passava e o Baixinho mostrava serviço na Câmara. Ele passou a ocupar a linha de frente nas críticas aos desperdícios brasileiros com a organização da Copa de 2014 e também protagonizou ações em prol da pesquisa e das pessoas com deficiência – motivado pela filha Ivy, que tem Síndrome de Down. E, atualmente, o Baixinho entrou de vez no que se pode chamar de “jogo duro” da política. Ele foi consagrado em outubro de 2013 o presidente do diretório estadual do PSB no Rio de Janeiro – partido pelo qual fora eleito em 2010, e curiosamente, tinha abandonado dois meses antes de voltar como comandante local, alegando falta de diálogo com os caciques maiores da sigla. Agora dá as cartas no partido, será o principal cabo eleitoral do pré-candidato socialista à Presidência, Eduardo Campos, e prossegue almejando voos maiores na política. Ele fala abertamente sobre uma candidatura à prefeitura do Rio de Janeiro em 2016 e, segundo rumores publicados na imprensa, teria solicitado a Campos o cargo de ministro do Esporte caso o Pernambucano vença a corrida ao Planalto.

LEITE

Tem início amanhã, 5, o XII Congresso Internacional do Leite, a ser realizado no auditório do ILES/Ulbra, em Porto Velho.

BANCADA

Dos oito deputados federais analisados por esta coluna, os que mais se destacam em projetos sociais, que participam de debates visando o bem comum da população, que legislam para a população, pelos direitos humanos, são Marcos Rogério (PDT) e Padre Ton (PT). Os outros só divulgam assuntos relativos a emendas parlamentares, como se a única função de um parlamentar fosse destinar emendas para os municípios.

BANCADA 2

Recentemente, Marcos Rogério, por exemplo, defendeu a Proposta de Emenda à Constituição que cria a garantia de um auxílio, no valor de um salário mínimo, para vítimas ou familiares de vítimas de violência que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família. De acordo com o parlamentar rondoniense, a proposta é importante, pois atende a essas famílias que muitas vezes se veem desamparadas após serem vitimadas de alguma forma pela violência.

BANCADA 3

Outro projeto importante, de autoria de Marcos Rogério, aprovado na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime, o Projeto de Lei (PL 5914/2013) cria um espaço exclusivo para menores de 21 anos em estabelecimentos penais. De acordo com o deputado, por sua juventude e imaturidade, esses jovens são mais suscetíveis a serem recrutados por bandidos e organizações criminosas. “O período de encarceramento, ao invés de servir como uma tábua de salvação para o preso, no sentido de facilitar sua reinserção na sociedade, na prática funciona como uma verdadeira ‘escola de criminalidade’, nas quais indivíduos de baixa periculosidade vivem sob a influência de outros perigosíssimos”, justificou o deputado.

BANCADA 4

A criação deste espaço exclusivo para menores de 21 anos nos estabelecimentos penais é uma providência necessária para impedir que jovens ainda em formação se misturem com criminosos experientes proporcionando, assim, uma chance real de que o período de reclusão sirva como recuperação, dando a possibilidade de reinclusão desses jovens na sociedade de bem. Marcos Rogério que integra a bancada evangélica é um dos únicos deste segmento religioso que realmente trabalha pela população.