Demorou, mas chegou. O Cremero (Conselho Regional de Medicina), após três dias da agressão sofrida pelo jornalista Rubens Coutinho, do Tudo Rondônia, pelo médico Sérgio Mello, ex-direto do João Paulo II, finalmente emitiu uma nota oficial se manifestando em relação ao episódio. A diretoria condenou a atitude de Mello, citando que o fato é agravado por se tratar de pessoa instruída. Por outro lado, numa tentativa de limitar a liberdade de expressão e imprensa, quis ensinar aos que trabalham no ramo como proceder:
“De acordo com o CRM-RO, a atuação da imprensa deve ser livre, porem, sem extrapolar os limites mínimos de preservação da cidadania e dignidade humana ‘Em uma sociedade democrática, estes limites devem permanecer bem claros e estabelecidos a todos os cidadãos de bem’, observa a presidente do Cremero” – diz trecho da nota.
Confira na íntegra o posicionamento do CREMERO:
CRM-RO é contra qualquer tipo de violência
O Conselho Regional de Medicina de Rondônia (Cremero) se manifesta em relação ao caso de agressão ocorrido em um bar da cidade no ultimo fim de semana envolvendo o jornalista Rubens Coutinho e o médico Sérgio Paulo Mendes Mello, ex-diretor do pronto socorro João Paulo Segundo. A diretoria do CRM-RO, presidida pela médica Maria do Carmo Wanssa, mantém a posição de que condena qualquer forma de violência praticada por qualquer pessoa e que é ainda mais lamentável quando se trata de profissionais de nível superior como é o caso em tela.
De acordo com o CRM-RO, a atuação da imprensa deve ser livre, porem, sem extrapolar os limites mínimos de preservação da cidadania e dignidade humana “Em uma sociedade democrática, estes limites devem permanecer bem claros e estabelecidos a todos os cidadãos de bem”, observa a presidente do Cremero.
A diretoria do Cremero, autarquia federal que fiscaliza o exercício da medicina sob um amplo espectro que vai da ética profissional a observâncias de direitos basilares da classe médica, como condições dignas de trabalho, entre outras, informa que até o momento não recebeu nenhuma denúncia ou representação contra o profissional, o que ensejaria a abertura de procedimento apropriado para averiguação do caso em questão.
Embora afirme compreender a indignação de setores da imprensa com a agressão ao jornalista, acrescenta que esta não ocorreu no mister do exercício profissional nem mesmo dentro de dependências médico-hospitalares, não configurando, assim, infringência ao código de ética que rege a profissão médica, tratando-se de caso para ser resolvido em outras esferas( policial e judicial).
Diretoria do Cremero