Valdemi Caldas
Foto: Divulgação
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Sem nenhum poder de decisão no preço da tarifa, o usuário de transporte coletivo de Porto Velho não tem outra saída senão disputar um lugar nos poucos ônibus que circulam pela cidade, em sua maioria, velhos, sujos e caindo aos pedaços.
A guerra por um lugar começa logo cedo, a caminho do trabalho. Desde as primeiras horas da manhã, dezenas e dezenas de pessoas esperam uma, duas horas ou mais numa parada para pegar uma condução.
Para não chegarem atrasadas, quase duzentas pessoas tentam se acomodar num ônibus que deveria conduzir, no máximo, sessenta.
Tudo isso, evidentemente, sob olhares complacentes da Secretária Municipal de Transportes e Trânsito (SEMTRAN), comandada pelo sindicalista Itamar da CUT, o órgão dos fatos consumados.
A superlotação, no entanto, não é o único problema. Há outros, que vão desde a insegurança (já que a maioria dos veículos tem mais de quinze anos de uso), passando pela sujeira, até a falta de respeito de cobradores e motoristas para com usuários.
A comparação de um passageiro do bairro Tancredo Neves não caberia melhor: “viajar de ônibus, em Porto Velho, é como ir para o purgatório, ou até mesmo provar um pouco do inferno.
Com passageiros saindo pelo ladrão, o ar se torna insuportável. Uma cotovelada aqui, uma pisada acolá e um cretino que se aproveita do tumulto para tentar saciar seus instintos animalescos, enfim, um suplício.
Para comportar mais pessoas, algumas empresas simplesmente retiraram os bancos dos corredores. E os chamados carros de boi proliferam pela cidade, como erva daninha, transportando com total insegurança.
Enquanto a SEMTRAN de Itamar Ferreira não cumprir com o seu papel, que é cobrar das empresas concessionárias serviços de qualidade, o usuário vai continuar sendo humilhado, aviltado, desrespeitado e, o que é pior, correndo risco de morte.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!