O problema da administração Sobrinho não é a falta de dinheiro, mas de competência - Por Valdemir Caldas

O que teria levado o PMDB do senador Valdir Raupp a exigir do PT o comando da Secretaria Municipal de Saúde (SEMUSA), como parte do acordo político para apoiar o candidato do partido e prefeito Roberto Sobrinho na eleição passada? A resposta está no orçam

O problema da administração Sobrinho não é a falta de dinheiro, mas de competência - Por Valdemir Caldas

Foto: Divulgação

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O que teria levado o PMDB do senador Valdir Raupp a exigir do PT o comando da Secretaria Municipal de Saúde (SEMUSA), como parte do acordo político para apoiar o candidato do partido e prefeito Roberto Sobrinho na eleição passada? A resposta está no orçamento municipal. Somando as receitas próprias e os recursos oriundos de convênios e outras transferências, são mais de cento e onze milhões de reais à disposição do secretário Williams Pimentel.
 
Em termos de verbas, a SEMUSA só fica atrás da Secretaria Municipal de Educação (SEMED), controlada por Epifânia Barbosa, desde o primeiro mandato de Sobrinho, cujo orçamento supera a casa dos cento e trinta e sete milhões de reais. O Portal da Transparência revela que, de janeiro a outubro desde ano, o município de Porto Velho recebeu da União mais de duzentos e onze milhões de reais. A saúde foi um dos setores mais prestigiados. Mais de dez milhões de reais foram destinados à Gestão Plena do Sistema Municipal de Média Complexidade.
 
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi contemplado com mais de um milhão e seiscentos mil reais, enquanto duzentos mil foram destinados à manutenção e funcionamento das farmácias populares. Somem-se a isso os duzentos mil reais carreados para o Fundo Nacional de Saúde e mais de cento e cinqüenta e três mil para programas de proteção à AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis. Voltando ao orçamento, o Secretário Municipal de Serviços Básicos (SEMUSB), Jair Ramires, terá muita grana para continuar comprando grama a peso de ouro. São mais de quatro milhões e oitocentos mil para jardinagem, limpeza, poda de árvores e pintura de meio fio.
 
O Secretário Municipal de Administração (SEMAD), Joelcimar Sampaio (pessoa de extrema confiança do prefeito Roberto Sobrinho e com o qual trabalhou na administração José Guedes, quando ele, Sobrinho, era Secretário Municipal de Educação, e Joelcimar, diretor do NAF), é só alegria. E não é para menos. Só com informatização, Sampaio terá ao alcance das mãos mais de quatro milhões e setecentos mil reais.
 
Enquanto isso, o secretário Gadelha, do Desenvolvimento Socioeconômico e Turismo (aquele que viajou à Guajará Mirim, para participar de um encontro do PT, mas, até hoje, a cúpula do partido não revelou de onde saiu o dinheiro para pagar o frente da aeronave), terá pouco menos de oitenta mil reais para queimar com diárias. Em compensação, o cofre da SEMDESTUR estará mais robusto, com mais três milhões, para custear a folha de pagamento de “companheiros”, encastelados em cargos comissionados e funções de confiança.
 
E o pior é que essa gente ainda tem a cara de pau de dizer que não há recursos para comprar medicamentos, reformar o posto de saúde que está caindo aos pedaços, contratar pessoal, qualificar e pagar salários dignos aos que prestam serviços à máquina burocrática. Percebe-se, pois, que o problema da administração Sobrinho não é a falta de grana, mas de competência.
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