Segurança pública: um caso de polícia? - Por Valdemir Caldas
Foto: Divulgação
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No fundo, Augusto apenas reproduziu o sentimento que domina a maioria da sociedade, diante da onda de selvageria que assola a capital. Vivemos em estado de violência. Uma violência que se institucionalizou e cujos tentáculos envolvem o conjunto do Estado Brasileiro.
É triste admitir, mas há, no Brasil, um ambiente onde o crime prospera numa velocidade incontrolável. E se exterioriza nas suas formas mais cruéis e evidentes. É como se a vida fosse um papel inútil, que se atira na lata de lixo. Vivemos uma crise aguda e generalizada de insegurança.
É preciso que a segurança dos cidadãos seja garantida a qualquer custo, até como forma de manter as pessoas em condições de entregarem-se serenamente às atividades produtivas. A população perdeu a tranqüilidade, dentro e, principalmente, fora de casa. Andar pelas ruas de Porto Velho, a partir das vinte horas, virou uma aventura arriscada. Não se sabe se o retorno está garantido.
As autoridades precisam agir com o máximo rigor contra o banditismo que impera na capital. Nenhuma justificativa de ordem, como miséria e desemprego, por exemplo, pode servir para atender ou diminuir a intensidade de qualquer ação capaz de contribuir para inibir a criminalidade. O criminoso, o autor do delito contra a sociedade, deve ter sempre contra si a convicção de que será punido, com firmeza e exemplarmente.
A população precisa volta a viver sob os signos da paz, da generosidade, da fraternidade e da compreensão. Nesse sentido, tudo precisa ser feito para alargar, aprofundar e consolidar as bases espirituais, morais e sentimentais. Hoje, Deus é o grande ausente dos lares e ambientes familiares. Muitos só pensam em acumular riqueza, ainda que à custa da dor e do sofrimento dos que vegetam na mais absoluta inanição. É o salve-se quem puder.
Alguma coisa precisa ser feita. Impossível conviver com tanta selvageria. A insegurança pública não é apenas um caso de polícia, como alguns pensam, mas, também, é um problema de justiça, de falta de disciplina e, principalmente, da ausência de religiosidade.
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