O PT e a sucessão do governo em Rondônia
A partir de hoje será enviado, para toda a imprensa do Estado, semanalmente, comentários políticos com base em leituras feitas a partir de pesquisas realizadas pelo Instituto Rondoniense de Pesquisa e Estatística (IRPE). Hoje o tema é o Partido dos Trabalhadores e a sucessão do governo de Rondônia.
O quadro que se desenha hoje para o PT na política do Estado de Rondônia é um grande ponto de interrogação. Seja qual for o nome do partido na disputa para o governo, será um bom páreo. O partido em Rondônia saiu fortalecido nas últimas eleições municipais, e conta com uma Senadora e dois Deputados Federais, além do Governo Federal e todas as obras do PAC e os programas sociais. Por outro lado, o partido terá um opositor de força, que é o governador Ivo Cassol, com um índice altíssimo de popularidade, e crítico ferrenho do Governo Lula e do PT. Cassol não será candidato mas quer “fazer” seu sucessor.
O partido dos trabalhadores tem hoje três nomes para concorrer ao palácio Getúlio Vargas – Fátima Cleide, Roberto Sobrinho e Eduardo Valverde - (Não exatamente nesta ordem). O que definirá o candidato do partido é a possibilidade do partido assumir o governo na cassação de Cassol ou a aliança com o PMDB – ou nenhuma dessas hipóteses.
A Senadora Fátima Cleide está em baixa perante os eleitores do Estado, além de ter uma acentuada rejeição, principalmente no meio evangélico. Ela só será candidata se o Ivo Cassol for cassado e ela assumir o Governo até as eleições. Nesse caso, ela terá tempo (?) de mostrar trabalho e subir na opinião pública. Se isso se concretizar, Eduardo Valverde será candidato do partido ao Senado.
O prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho, poderá ser o candidato do partido caso consiga trazer o PMDB, em uma coligação onde os peemedebistas possam indicar o vice. Isso se dá principalmente porque, para Sobrinho renunciar a prefeitura de Porto Velho, terá que entregá-la para seu vice, Emerson, do PMDB. Se for sobrinho o candidato, com o PMDB de vice, a chance de eleição é a melhor do partido.
Se nenhuma dessas duas possibilidades se concretizarem (Fátima assumir o governo ou Sobrinho trazer o PMDB de vice), o candidato do partido será Eduardo Valverde. Além de ser um políticpo com um bom discurso e com trabalho apresentado em todo o Estado, Valverde tem a simpatia dos petistas do Estado. Ele aparece bem nas pesquisas em todo o estado. Dentre os três petistas citados, ele perde apenas em Porto Velho para Roberto Sobrinho.
Nesse primeiro momento não será a preferência do eleitorado que definirá o candidato do PT ao governo, mas as configurações definidas desde agora até pouco antes das convenções. Mas não há dúvidas que o partido terá candidato próprio nas próximas eleições majoritárias em Rondônia.
* Dejanir Haverroth é jornalista em Vilhena e diretor do IRPE