Política em Três Tempos - Por Paulo Queiroz

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Foto: Divulgação

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1 – ANA ESCOBAR Atende pelo nome de Ana Lúcia Escobar e é professora da Universidade Federal de Rondônia (Unir) um dos três melhores epidemiologistas do Brasil, segundo revelou uma pesquisa realizada entre os próprios médicos do país e publicada na semana passada pelo anuário “Saúde Análise 2008 – Os mais admirados da Medicina”. Os outros dois são, conforme a publicação, Luiz Alberto Amador Pereira, professor do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Católica de Santos (Unisantos), e Nelson Rodrigues dos Santos, professor da Universidade de Campinas (Unicamp) e secretário executivo nacional do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Embora seja uma obviedade para os profissionais do setor, não faz mal informar ao leitor que os três são doutorados em Medicina. Para se ter uma idéia da envergadura do trabalho, informe-se que o anuário “Saúde Análise 2008 – Os mais admirados da Medicina” é um cartapácio de 436 páginas, publicado sob a responsabilidade do grupo “Análise Editorial”, segundo informa o jornal “O Estado de S. Paulo”, a “primeira empresa jornalística do Brasil dedicada exclusivamente à produção de publicações especializadas, baseadas em pesquisa extensas de dados primários”. O volume é o mais novo integrante de uma família de seis publicações referências, a saber – “Análise Energia”, “Análise Gestão Ambiental”, “Análise Advocacia”, “Análise Comércio Exterior”, “Analise Justiça” e “Análise Companhias Abertas”. A pesquisa é inédita no Brasil e apresenta os perfis de 2 mil profissionais da saúde de 38 áreas de atuação (da Anestesiologia à Urologia), além de relacionar 107 estabelecimentos hospitalares em 25 especialidades (da Cardiologia à Urologia), entre os escolhidos pelos próprios médicos como os mais admirados do país. Conquanto não tenha sido possível verificar se há mais gente do pedaço entre os melhores profissionais apontados, a coluna está em condições de informar que entre os estabelecimentos hospitalares relacionados nenhum é de Rondônia. 2 – PESQUISA EXTENSA De acordo com os editores, a qualidade da saúde decorre, entre outros, de dois fatores mais significativos: acesso à medicina propriamente dita e acesso à informação. Um não vive bem sem o outro. Os indicadores que servem para avaliar a atividade no Brasil demonstram que o acesso à medicina está crescendo, percepção confirmada por especialistas internacionais. Harvey Fineberg, professor da Escola de Saúde Pública de Harvard e presidente do Instituto de Medicina dos EUA, declarou em entrevista recente que o Brasil tem feito um bom trabalho para tornar o atendimento médico cada vez mais acessível. “Há, no Brasil, um compromisso constitucional que está sendo gradualmente mais bem cumprido, de oferecer serviços básicos de saúde a todos os indivíduos”, afirma Fineberg. Já no campo do acesso à informação, conforme os responsáveis pelo projeto, há um trabalho a ser feito. O setor de saúde ainda é um clube muito fechado, onde os dados não fluem com facilidade. Pergunte-se, por exemplo, a um hospital brasileiro qual é a taxa de infecção de sua UTI? Com honrosas exceções, a resposta será o silêncio. Nos Estados Unidos e na Europa há diversas publicações dedicadas a estudar o segmento médico, alguns deles ranqueando hospitais, faculdades de medicina, planos de saúde e médicos. No Brasil, não há nada parecido. Neste sentido, “Análise Saúde” dá uma contribuição ao debate. Trata-se do primeiro levantamento feito sobre a medicina brasileira, com a profundidade reconhecida pelos órgãos de representação do setor e pelas instituições acadêmicas. O objetivo da publicação – conforme os editores - foi aprofundar um dos aspectos da medicina. No caso, ela se propõe a apresentar os profissionais médicos e os centros hospitalares mais admirados do Brasil. A seleção dos médicos é fruto de uma pesquisa extensa. Durante quatro meses, a equipe de pesquisadores ouviu milhares de médicos em todo o país aos quais pediu que apontassem os especialistas e os hospitais de sua preferência. 3 – PROCESSO SELETIVO O “Análise Saúde 2008”, segundo o editor do anuário, jornalista Eduardo Oinegue (ex-“Veja” e ex-“Exame”), teve como colégio eleitoral 2,7 mil médicos – entre diretores de hospitais, acadêmicos, representantes de associações de classe e de associações de especialistas, além dos chamados “notáveis” em suas áreas. Cada qual indicou até três nomes de profissionais a quem confiaria sua saúde, três nomes que contribuíram para o desenvolvimento científico da saúde e três centros médicos destacados pela excelência. Após terem sido apontados 3,6 mil nomes o ranking final foi obtido após cruzamento de pontuações e notas de corte seguindo critérios estatísticos A mesma regra norteou a seleção dos hospitais. Foram 200 os estabelecimentos apontados pelos médicos como admiráveis em alguma especialidade. O projeto original previa a publicação do perfil de todos. Só que 90 se recusaram a passar informações, outros 30 passaram apenas parte delas e só 80 foram transparentes. O anuário, conforme Oinegue, não quer substituir aquele que é o melhor juiz na hora de escolher um especialista – o paciente, devidamente orientado por um médico da sua confiança. A proposta é ser uma ferramenta útil no processo. E Ana Lúcia Escobar está lá porque, entre outras qualificações, possui graduação em Medicina pela Universidade de Passo Fundo (1983), especialização (1989), mestrado (1994 e doutorado (2001) em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz e residência-médica pela Unidade Sanitária Murialdo (1984). É professora adjunto na área de Epidemiologia do curso de Medicina da Unir – de cujo projeto foi a coordenadora e líder na fase da implantação – e diretora do seu Núcleo de Saúde (Nusau). É revisora do Cadernos de Saúde Pública (FIOCRUZ), da Revista de Saúde Pública/Journal of Public Health e da revista Epidemiologia e Serviços de Saúde. Tem experiência em Saúde Coletiva , com ênfase em Epidemiologia, atuando nas áreas de “Medicina Comunitária”, “Saúde Pública” e “Medicina Preventiva”.
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