*Governador Ivo Cassol mandou retirar oito médicos do HR, mas Justiça entendeu que população seria prejudicada
*O juiz substituto Adriano Lima Toldo, da 1º Vara da Fazenda Pública da capital, deu liminar favorável ao mandado de segurança impetrado pela prefeitura municipal de Vilhena contra a retirada de oito médicos do Hospital Regional, determinada pelo governo do Estado. No despacho do dia 31 de janeiro o magistrado determinou a suspensão do ofício da Secretaria Estadual de Saúde que determinava a apresentação dos médicos no setor de recursos humanos da Sesau em Porto Velho para serem lotados em hospitais públicos de Porto Velho.
*De acordo com o despacho, a retirada de oito médicos do HR traria uma situação caótica para a saúde pública do município de Vilhena. A Justiça entendeu que a população da capital também demanda de assistência da saúde pública, entretanto, não se pode “vestir um santo e desvestir outro”, enfatizou o juiz. Em outro trecho do despacho judicial o juiz lembra do direito à saúde constitucionalmente assegurado ao cidadão e a obrigatoriedade do Estado, também constitucional em participar do financiamento da saúde pública.
*O despacho liminar lembra ainda que a saúde pública já é preocupante e a retirada de tais profissionais do Hospital Regional implicaria em sérias conseqüências com a falta de médicos.
*Com a decisão liminar os médicos requisitados pelo governo do Estado continuarão atendendo em Vilhena até que o mérito da ação seja julgado. *Apesar da obrigação constitucional do Estado em financiar a saúde pública em conjunto com o município e a União, o governo estadual não destina recursos para o Adamastor Teixeira de Oliveira, que é um hospital regional e atende a população de 20 municípios aproximadamente. A contribuição do governo é com a cessão dos médicos e alguns servidores estaduais que vem tentando retirar do HR.