No total, a CAERD abriga 49 colaboradores comissionados ao custo mensal de R$ 339.469,95.
Foto: Divulgação
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O governo de Confúcio Moura parece não ter limites quando o assunto é apadrinhamento de “cooperadores” e também não tem o mínimo de respeito pelos cofres públicos. Um dos casos mais escandalosos do atual governo envolve a ex-secretária de justiça Mírian Spreáfico, que é agente penitenciária e foi acusada por empresários e por uma ex-assessora de receber propina das empresas que prestavam serviços à secretaria de Justiça. Ela deixou o cargo ainda em 2011, mas sempre esteve como “protegida” do governador, recebendo altos salários em diversos cargos. Sua última lotação é na combalida Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia – CAERD, que paga de salário para Mírian, R$ 9.758,03.
No total, a CAERD abriga 49 colaboradores comissionados ao custo mensal de R$ 339.469,95.
Em novembro de 2014, na Operação Platéias, Mirian foi conduzida à força à superintendência da Polícia Federal em Rondônia para dar explicações sobre o recebimento de propina enquanto ela era secretária. Informações vazadas na época, revelaram que ela “ao receber propina dos fornecedores de sua então secretaria, cheirava, beijava o dinheiro e sorria muito”.
As informações foram dadas à Polícia Federal por uma ex-auxilar de Mirian na Sejus, a então servidora comissionada Andressa Samara Masiero Zamberlan, que morava no mesmo condomínio de Mirian.
Samara contou aos federais que a Secretária de Justiça, hoje exercendo um cargo comissionado no Governo Confúcio (CDS 20), recebia propina em torno de R$ 7 mil por mês do empresário Julio Bonache, da Fino Sabor, para apressar pagamentos e fazer aditivos contratuais.
De acordo com Samara, um dia o empresário Julio Bonache perguntou se ela estava satisfeita com o trabalho e com o dinheiro (cerca de R$ 20 mil mensais) que era repassado para pagar propina a ela, a Mirian e a outros servidores que “desenrolavam os processos” na Sejus.
“Fiquei surpressa e disse que nunca recebi nada. Perguntei à Mirian sobre isso e ela me disse que também não recebia. O Rômulo da Silva Lopes, então assessor do governador Confúcio Moura, afirmou que a Mirian recebia sim e ainda me questionou: Como é que tu pensa que ela, a Mirian, pagou todos os móveis da casa à vista?”.
Posteriormente, ainda segundo Samara, Mirian confessou a ela que recebia R$ 7 mil de Bonache e R$ 5 mil da empresa Maq-service.
Rômulo da Silva Lopes é o assessor que foi preso pela Polícia Federal durante a Operação Termópilas quando dormia na casa do governador Confúcio Moura, de quem era íntimo.
Ele disse à Samara que costumava colocar o dinheiro das propinas pagas à secretária Mirian Spreafico, entre outros lugares, na gaveta de calcinhas dela, na bolsa e até no saquinho de lixo que a secretária carregava no carro.
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