A Polícia Federal prendeu 11 pessoas acusadas de trazer estrangeiros irregularmente ao país e obter documentação para a permanência deles nesta terça-feira. Dez acusados foram presos na capital paulista e um no Distrito Federal. Uma pessoa ainda está foragida. A operação foi batizada de Piàn Jú e os integrantes da quadrilha teriam ligação com outra organização criminosa, desbaratada pela Operação Da Shan. Em português, Piàn Jú significa falcatrua ou fraude.
Os agentes cumpriram ainda 23 mandados de busca e apreensão.
A Operação Da Shan - referência à província chinesa de Fujan, no Sul da China, origem da maioria dos trabalhadores trazidos irregularmente ao país - prendeu 14 acusados de tráfico de pessoas. O chinês Zhu Ming foi apontado como líder da quadrilha. Em Rondônia, outras 12 pessoas foram presas.
Ming mantinha uma casa em Recife, onde foram apreendidos dinheiro e instrumentos para a falsificação de passaportes. Todos respondem por formação de quadrilha e por manter trabalhadores em condições análogas a de escravidão. As penas podem chegar a 11 anos. A quadrilha começou a ser investigada em 2008, depois de flagrantes em Porto Velho, Ji-Paraná e Vilhena, em Rondônia, de chineses usando passaportes com vistos falsos.
Na segunda-feira, policiais civis de São Paulo prenderam 11 acusados de fraudar vistos de trabalho temporário para os Estados Unidos, em operação conjunta com o Ministério Público, a partir de informações do consulado americano na capital paulista.