Três pessoas foram presas em flagrante ontem durante a Operação Boca Rica, realizada pela Polícia Civil, sob a acusação de exercício ilegal das profissões de médico, dentista ou farmacêutico. Os três charlatões, que não tiveram os nomes completos revelados, se passavam por dentistas e foram levados para o 4º Distrito, onde assinaram um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) se comprometendo a comparecer no Juizado Especial. Em seguida foram soltos para responder aos crimes em liberdade.
Segundo o delegado Rodrigo Kulay, participaram da operação 27 policiais entre delegados e agentes do Dopes (Departamento de Operações Especiais), DPE (Departamento de Polícia Especializada), Delegacia-Geral e 2º Distrito. Ele explicou que a operação foi determinada depois de denúncias do CRO (Conselho Regional de Odontologia) de que algumas pessoas estariam exercendo a profissão ilegalmente.
Além da equipe de delegados e policiais, participaram ainda técnicos do CRO e da Vigilância Sanitária Estadual. A operação ocorreu em sete laboratórios clandestinos de próteses dentárias espalhados pela Zona Oeste da cidade. Um dos locais funcionava disfarçado em uma residência na avenida Mário Homem de Melo.
“O resultado foi a autuação dos proprietários e a prisão destas três pessoas em flagrante, Nikão, Gaudêncio e José Raifran, que se passavam por dentistas, além de vasto material utilizado por eles. Entre o material há até uma cadeira de odontologia”, disse o delegado.
O chefe da Comissão de Ética do CRO, Rodrigo Matoso, disse que os três “consultórios” dos falsos dentistas foram interditados. Eles faziam extração de dentes e tratamento de canal ilegalmente. Ele alertou a população para que não procure esse tipo de pessoa, porque corre-se o risco de contrair doenças como Aids, hepatite B e C e herpes, entre outras infecções irreparáveis.