Grampo telefônico revela que presidente do TJ e juiz “negociavam” com Carlão de Oliveira
*Segundo o Ministério Público federal, a atuação do grupo desarticulado sexta-feira pela Polícia Federal na chamada Operação Dominó passou das fronteiras da Assembléia Legislativa de Rondônia, de acordo com as investigações. Por meio do desembargador Sebastião Teixeira Chaves, presidente do Tribunal de Justiça de Rondônia, o presidente do Legislativo Estadual Carlão Oliveira tinha controle do Judiciário. O desembargador evitou cassação de prefeito acusado de improbidade administrativa, conseguiu a liberação dos bens de Carlão Oliveira em troca da aprovação de lei de subsídios dos magistrados do estado, repassou informações de processos em que o presidente da Assembléia estava envolvido, entre outros. Tais atuações contaram com a colaboração do juiz José Jorge Ribeiro da Luz, homem de confiança do desembargador.
*O esquema também chegou ao TCE-RO, com a indicação de Edilson de Souza Silva, homem de confiança de Carlão de Oliveira, para o cargo de conselheiro.
*O procurador de Justiça José Carlos Vitachi, preso na operação, tem envolvimento com a organização criminosa. Sabe-se que Vitachi fez acordo com Carlão de Oliveira. No combinado, o procurador se comprometia a soltar três réus ligados a Carlão, que, por sua vez, atuaria na aprovação do projeto de lei dos vencimentos dos membros do Ministério Público Estadual de Rondônia (MP/RO).