Furnas e Eletronorte estão na lista de tráfico de influência investigada pela Polícia Federal
*Furnas e Eletronorte, juntamente com as empresas Itaipu Binacional e Eletrosul, foram citadas em boletim da Polícia Federal sobre a operação deflagrada na madrugada dessa terça-feira (23), a Operação “Castores”, que busca reprimir os atos de uma quadrilha especializada em crimes contra empresas, no uso de práticas de estelionato, tráfico de influência e corrupção ativa e passiva na citadas empresas.
*A ação ocorreu nas cidades de Curitiba, Foz do Iguaçu, São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis e Brasília e para a operação chegar ao cumprimento de mandados de busca e apreensão nesta terça-feira foram realizadas investigações que tiveram início em agosto de 2005, através de representação criminal da Diretoria Jurídica da Itaipu Binacional que relatava indícios de cometimento de crimes de falsificação de documentos públicos e estelionato cometidos por Laércio Pedroso.
*Os principais fatos investigados, além de denotarem crime de estelionato evidenciam a participação de empresas multinacionais no pagamento de vantagem financeira para funcionários públicos visando a influir na liberação de pagamentos, diminuição de multas e alterações em contratos com as empresas Eletronorte e Itaipu binacional para facilitar o recebimento de créditos relativos a supostos atrasos contratuais.
*Ao todo devem ser cumpridos 22 mandados de busca e apreensão e sete de prisão temporária, todos expedidos pela 1ª Vara Criminal Federal do Paraná..
*Desde o início da apuração dos fatos denunciados, o Núcleo de Repressão a Crimes Financeiros da Polícia Civil do Paraná (Nurce) iniciou investigação sobre a mesma quadrilha que versava sobre os crimes de falsificação de selos, carimbos cartorários e assinatura de diretores da empresa Lorenzetti em procedimentos administrativos financeiros junto a Itaipu Binacional.
*De acordo com nota expedida pela Polícia Federal, duas pessoas foram presas em Brasília na operação "Castores" por suposta participação na quadrilha. Os dois homens, um assessor parlamentar e um engenheiro, estão presos na Superintendência Polícia Federal.