Senador Ivo Cassol e representantes de Rondônia reúnem-se com ministro do STF: dívida do BERON

Senador Ivo Cassol e representantes de Rondônia reúnem-se com ministro do STF: dívida do BERON

Senador Ivo Cassol e representantes de Rondônia reúnem-se com ministro do STF: dívida do BERON

Foto: Divulgação

Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.​

Por iniciativa do senador Ivo Cassol o ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski recebeu em audiência na tarde desta quarta-feira, (15) o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Valdivino Crispim, acompanhado do técnico de controle externo Miguel Garcia, do procurador do estado Alexandre da Fonseca, além dos deputados federais Carlos Magno e Nilton Capixaba. Na pauta uma das grandes preocupações do senador e também uma prioridade para ser solucionada: a dívida do extinto Beron – Banco do Estado de Rondônia, que deverá ser paga nos próximos 18 anos.

Desde o ano de 2000, a dívida vem sendo com descontos mensais pelo Tesouro Nacional diretamente do Fundo de Participação dos Estados – F.P.E., e está longe de acabar. Pelo acordo assinado pelo então Governo do Estado, durante 30 anos seria descontado um percentual do fundo a que o estado tem direito, que em valores de hoje representam cerca de R$ 15 milhões mensais.

Segundo o acordo, da dívida que originalmente era de R$ 460 milhões, foram pagos R$ 1.321.355.000,00 (1.3 bi) até dezembro de 2011, em 12 anos. Restam ainda, segundo contrato com a União, 18 anos a serem descontados, num total de R$ 1.6 bilhão, igualmente descontados do F.P.E. Ainda segundo dados periciais, cerca de R$ 900 milhões da dívida a pagar seriam de responsabilidade do RAET (Regime de Administração Especial Temporária) do Banco Central. “Quando o BC assumiu o Beron o patrimônio era de R$ 31 milhões negativo (dívida). Quando encerrou o RAET, três anos e meio depois, a dívida era de quase R$ 500 milhões. A União ofereceu um contrato de financiamento da dívida a serem pagos em 30 anos sobre o valor atualizado e o Governo do Estado aceitou, o que resultou neste montante absurdo”, explicou o procurador do estado Alexandre da Fonseca.

Preocupado com a dívida que ainda irá perdurar até 2030, o senador Ivo Cassol quando ainda era governador ingressou com uma ação no Supremo discordando dos valores e apresentando dados periciais que comprovariam que a dívida já teria sido quitada, uma vez que os descontos são sobre a arrecadação do estado, que bateu sucessivos recordes durante sua administração, e não em valores fixos, como se fosse um empréstimo bancário.
Na audiência, Cassol explicou ao ministro Lewandowski que cerca de R$ 800 milhões já foram pagos a mais, o que extinguiria a dívida e ainda daria um crédito para o Governo do Estado, mas a União não entende assim e continua descontando mensalmente os valores previstos no acordo firmado há 12 anos atrás. O senador deixou claro ao ministro sua preocupação com o montante que vem sendo descontado a mais desde que era governador, dinheiro este que poderia ser muito bem aplicado em investimentos na infraestrutura do estado e permitiria fazer todas as obras sem a necessidade de empréstimos.
O ministro reconheceu a importância do processo para os cofres do estado e explicou aos presentes que o processo é bastante complexo. Afirmou ainda que está analisando os dados periciais para tomar uma decisão, e que dará prioridade ao caso. O ministro, inclusive, sugeriu que o Governo do Estado tentasse uma repactuação ou um encontro de contas, numa tentativa de conciliação com a União, e que inclusive irá sugerir o mesmo para a Advocacia Geral: a de que a dívida seja equacionada sem prejuízo das partes, especialmente da população de Rondônia.
“Essa é a diferença entre a minha administração e a atual. Enquanto o governador Confúncio abre mão de receita isentando empresas que não geram empregos e ainda vai pedir dinheiro emprestado do BNDES, eu economizava cada centavo e ainda ia atrás do que pagamos a mais. Só com os R$ 900 milhões da diferença que temos direito dá para fazer tudo isso que o atual governador está planejando com dinheiro emprestado e ainda economizaria os juros nos próximos 10 anos, e sem pedir um centavo em banco”, explicou Cassol ao final do encontro.
Direito ao esquecimento

A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.

Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Na sua opinião, qual companhia aérea que atende Rondônia presta o pior serviço?
Você ainda lê jornal impresso?

* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!

MAIS NOTÍCIAS

Por Editoria

PRIMEIRA PÁGINA

CLASSIFICADOS veja mais

EMPREGOS

PUBLICAÇÕES LEGAIS

DESTAQUES EMPRESARIAIS

EVENTOS