Reiniciou nessa sexta (22) às 8h o julgamento de Diego dos Santos Inácio e Elizângela Patrícia Cardoso, acusados pela morte de Maria das Graças Cardoso, mãe da ré. Durante o dia de ontem, seis testemunhas foram ouvidas pelo juiz Carlos Roberto Rosa Burck, que preside a sessão do Tribunal do Júri da comarca de Presidente Médici, onde ocorreu o crime em novembro do ano passado.
Uma das testemunhas é o próprio pai da ré. Relata a denúncia feita à Justiça que Elizângela e seu esposo queriam matar Lourival Cardoso, o pai, a fim de ficar com a herança. Entretanto, na hora de executá-lo, o matador contratado errou os tiros e acertou a mãe de Elizângela, que morreu no local. Apesar de negar a autoria do crime, como mandante, a ré é julgada junto com Diego, que seria o autor dos cinco tiros deflagrados contra as vítimas. Os outros dois acusados pelo crime, Odenir Ribeiro Neto, que teria contratado o executor; e Claudemir Cordeiro, o outro mandante, ainda serão julgados.
Cerca de 300 pessoas lotam o plenário do tribunal do júri e, no hall do Fórum Pontes de Miranda, foi montado um telão para o acompanhamento da sessão de julgamento. Os debates entre defesa e acusação já iniciaram, e o júri deve ser encerrado no final da noite de hoje, quando a decisão dos sete jurados será conhecida por todos.
Responsável pela acusação, o Ministério Público Estadual é representado pela promotora de justiça Lurdes Helena Bosa, que tem ainda a colaboração do advogado assistente da acusação, Luciano da Silveira Vieira. A defesa de Diego é feita pelo defensor público José Francisco Cândido e pela assessora da Defensoria, Ana Paula da Silva Gottardi. A defesa de Elizângela está a cargo do advogado Hiran Cesar Silveira.