Produto encontrado no estômago da vítima é um dos componentes do “chumbinho”, que é ilegal
Foto: Morte de animais por envenenamento levantou suspeita de investigadores - Divulgação/Polícia Civil
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A Polícia Civil divulgou a identificação do indivíduo responsável pela comercialização do veneno utilizado por uma mulher para causar a morte de seu marido de 71 anos, juntamente com a perda de animais de estimação, em uma localidade rural de Cerejeiras.
O Terbufós, encontrado no estômago da vítima, é um componente do "chumbinho", um produto clandestino cuja venda é proibida desde 2012.
A investigação policial sugere que a mulher adicionou o veneno à comida oferecida ao marido. Embora a morte por envenenamento tenha ocorrido há dois meses, o caso só foi revelado recentemente.
Inicialmente tratada como morte natural, a suspeita de homicídio surgiu devido à morte dos animais de estimação, apresentando sinais de envenenamento.
Mulher foi presa durante Operação Viúva Negra realizada nesta semana - Foto: Divulgação/Polícia Civil
Exames realizados nos corpos dos animais e do idoso confirmaram o envenenamento. O delegado Mayckon Pereira informou que o vendedor da substância tóxica foi identificado como um comerciante e já foi interrogado pela polícia.
A pessoa responsável pela venda pode ser enquadrada nos termos do artigo 278 do Código Penal, relacionado à "fabricação, venda, exposição à venda, depósito para venda ou entrega ao consumo de coisa ou substância nociva à saúde", sujeita a detenção de um a três anos, além de multa.
Adicionalmente, a polícia destaca a possibilidade de responsabilidade administrativa, incluindo multas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério da Agricultura.
A mulher que adquiriu e aplicou o veneno foi detida durante a operação Viúva Negra em Cerejeiras, enfrentando acusações de homicídio qualificado, com motivo torpe e uso de veneno.
Perigoso e ilegal
Quanto ao produto em questão, o Terbufós é um dos componentes do "chumbinho", um pesticida clandestino altamente tóxico frequentemente utilizado como veneno agrícola.
A Anvisa destaca que o aldicarbe, componente do chumbinho, é uma substância química extremamente tóxica, conhecida no Brasil como "veneno de ratos".
A comercialização do chumbinho foi proibida em 2012 pela Anvisa devido ao seu uso irregular e indiscriminado, associado a envenenamentos de animais, abortos, homicídios e suicídios.
Venda de "chumbinho" é proibida no Brasil há mais de 10 anos - Foto: Divulgação/Policia Civil
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