O Corpo de Bombeiros em Ji-Paraná começou a fechar templos religiosos, alegando estar atendendo a uma recomendação do Ministério Público. Um áudio gravado pelo comandante, capitão José Aparecido dos Santos, cita que para a igreja funcionar o pastor deve procurar o MP e assinar um Termo de Ajuste de Conduta (TAC).
Acontece que no ofício encaminhado aos Bombeiros o Ministério Público cita que o objetivo é “elaborar planos de enfrentamento e contingência para um possível avanço dos casos de coronavírus em Ji-Paraná”. Não fala nada em fechar templos.
Para lacrar as igrejas o Corpo de Bombeiros não apresentou nenhuma exigência relacionada ao covid-19. Foi alegado que os templos não tinham projeto de combate a incêndio. Um deles foi fechado por falta de corrimão na escada de acesso ao púlpito, e outro por não haver uma placa informando quantas pessoas a instituição comporta.
As igrejas têm prestado um importante serviço social durante a quarentena, cumprindo um papel que deveria ser do Estado, ofertando cestas básicas e medicamentos para famílias carentes.
Em um clima de revolta, é citado que o capitão dos Santos pode responder por prevaricação, pois somente agora decide fiscalizar as igrejas.
Outra informação que tem irritado os fiéis em Ji-Paraná é a de que o Corpo de Bombeiros tem feito “vista grossa” há anos em relação à situação das escolas estaduais, que também não têm projeto de incêndio.
Duas delas, a Escola Estadual Duque de Caxias, na região central de Porto Velho, e a Escola Estadual Paulo Nunes Leal, localizada na saída da capital para Candeias do Jamari, pegaram fogo em junho de 2019. Elas não têm projeto de incêndio e isso seria de conhecimento dos Bombeiros.