Cuba decidiu romper o convênio após as declarações do presidente eleito Jair Bolsonaro criticando o programa Mais Médicos e o governo da ilha.
Foto: Divulgação
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O município de Machadinho do Oeste, no interior de Rondônia, suspendeu o atendimento ambulatorial à população. Esta é a primeira conseqüência, em Rondônia, do rompimento do convênio entre o Governo de Cuba, o Ministério da Saúde e a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS).
Cuba decidiu romper o convênio após as declarações do presidente eleito Jair Bolsonaro criticando o programa Mais Médicos e o governo da ilha.
No último dia 14, o Governo de Cuba anunciou a decisão de interromper sua participação no Programa Mais Médicos, que se dava por meio de Termo de Cooperação Técnica com a Organização Pan-Americana de Saúde – OPAS.
Por meio da Secretaria Municipal de Saúde, a prefeitura de Machadinho do Oeste informou que o Ministério da Saúde publicou o Edital nº 18, de 19 de novembro de 2018, para a adesão de médicos ao programa de provisão de médicos do Ministério da Saúde - Projeto Mais Médicos para o Brasil.
Este Edital tem por objeto realizar chamamento público de médicos formados em instituições de educação superior brasileiras ou com diploma revalidado no Brasil.
A previsão é de que os novos médicos se apresentem ao município até o dia 03 de dezembro.
Por isso, Machadinho foi a primeira Prefeitura rondoniense a informar que suspendeu os serviços de atendimento ambulatorial à população enquanto aguarda a chegada deste médicos para substituir os cubanos.
O município só atenderá os casos de urgência e emergência.
JARU
Com a saída dos médicos cubanos do Programa Federal “Mais Médicos”, 8.469 profissionais que atendem mais 3 mil municípios e regiões de difícil acesso deixarão o país. Em Rondônia, 152 profissionais, sendo 6 de Jaru, sairão do programa.
A secretária municipal de Saúde de Jaru, Tatiane de Almeida, esclareceu que o município possui 11 vagas do Programa Federal “Mais Médicos”, das quais seis são ocupadas por médicos cubanos e cinco por médicos brasileiros.
Tatiane acredita que o município de Jaru será pouco prejudicado com a saída dos médicos estrangeiros, pois os editais do programa para contratação de profissionais brasileiros a serem destinados ao município sempre tem demonstrado grande procura.
Porém, a secretária municipal ressalta que tudo vai depender da agilidade do Governo Federal na reposição de novos médicos.
Ela também não descarta a possibilidade de ocorrer dificuldade de manter médicos brasileiros em localidades mais distantes do município, como o distrito de Tarilândia, atualmente assistido por dois médicos cubanos.
Tatiane lembrou que os profissionais estrangeiros geralmente não fazem oposição a estas condições, no entanto demonstrou otimismo em uma rápida reposição das vagas deixadas.
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