Carga de combustível seria vendida por R$ 150 mil; cerejeirenses seriam compradores
Foto: Divulgação
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Responsável por um dos inquéritos abertos para investigar o roubo de um carregamento de 60 mil litros de óleo diesel em Vilhena, o delegado André Sousa Carli concedeu entrevista ao jornal na manhã desta sexta-feira (08), e disse que a apuração dos crimes ainda está na fase inicial.
Ontem, cinco pessoas foram presas por envolvimento com o grupo que simulou o seqüestro do motorista da carreta que transportava o combustível. O próprio caminhoneiro, Ualansy Coutinho Machado, 34, e o homem que o ajudara na farsa, Gilvan Sperancete de Araújo, 24, foram os primeiros a terem suas prisões autorizadas pela justiça. Dois homens que também faziam parte do bando (identificados como “Zé”e Neguinho”), mais uma garota cujo nome não foi revelado, continuam foragidos.
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Também ontem, intermediadores e possíveis compradores da carga foram identificados e presos. Dois são filhos de empresários na cidade de Cerejeiras, mas moradores de Vilhena. O outro é vendedor de defensivos agrícolas na cidade vizinha.
Outros dois suspeitos, que iriam intermediar a venda da carga roubada, e que seriam moradores de Porto Velho, Jackson Espíndola Barros e Nedivaldo Donizete dos Santos, também foram apanhados.
Os cinco presos tiveram suas prisões mantidas ao participarem, hoje, de uma audiência de custódia na justiça.
Conforme o delegado, Wagner Balansin e Maurício Sperotto teriam negociado a compra da carga, pela qual pagariam R$ 150 mil, ou seja, R$ 2,50 o litro, hoje custando mais de R$ 4 nas bombas. Os dois são donos de caminhões e iriam consumir o diesel roubado em suas frotas. Ramon, amigo de ambos, estaria apenas fazendo a intermediação do negócio.
DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
André Carli disse que os defensivos agrícolas encontrados no mesmo barracão onde foi achada a carreta com o combustível estão avaliados em mais de R$ 500 mil. Os produtos são alguns dos mais caros encontrados no mercado.
O delegado disse que, pelo lote das embalagens, irá rastrear empresas e lojas que adquiriram o produto com atravessadores e não com os representantes da marca. E aconselhou: quem comprou o defensivo de terceiros deve se apresentar para demonstrar boa fé. Quem não o fizer corre risco de ser indiciado por receptação.
As investigações irão revelar se estas mercadorias também foram roubadas e, caso tenham sido, os números dos lotes também apontarão quando e onde isso aconteceu.
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