Olá, meus caros leitores.
Mais um sábado chegou e, com ele, nossa coluna semanal, esse nosso espaço de conversa franca, direta e sem rodeios sobre temas que, muitas vezes, ainda são vistos como tabu. Aqui, a intenção nunca é chocar por chocar, mas provocar reflexão. E o assunto de hoje certamente vai causar aquele desconforto inicial em muita gente: sexo na terceira idade.
Vamos encarar a verdade? Ninguém gosta de imaginar os próprios pais transando. É como se, a partir de uma certa idade, as pessoas simplesmente perdessem o direito de sentir desejo, de se relacionar, de viver o corpo com prazer. Mas o tempo passa para todos, e o desejo ainda que se transforme continua existindo.
O sexo na terceira idade é, sim, real. E mais: pode ser melhor, mais consciente, mais afetivo e, em muitos casos, até mais livre. Com os filhos criados, responsabilidades redefinidas e menos pressões sociais, muitos casais (e solteiros) encontram na maturidade um novo fôlego para viver a sexualidade sem culpa.
Claro, há desafios. O corpo muda, surgem questões de saúde, medicações que afetam a libido. Mas com informação, diálogo e, quando necessário, acompanhamento médico, a vida sexual pode (e deve!) continuar ativa e satisfatória. Inclusive, há uma demanda crescente por terapias sexuais e uso de medicamentos para disfunções específicas, além do aumento do número de diagnósticos de infecções sexualmente transmissíveis entre idosos, o que também mostra que eles estão, sim, se relacionando.
Falar sobre isso não é falta de respeito. Ao contrário: é dar visibilidade e dignidade a uma fase da vida que merece ser vivida com plenitude inclusive na cama. Porque, afinal, envelhecer não significa morrer para o prazer.
E você? Já parou pra pensar como será sua vida sexual aos 60, 70 ou 80 anos?
Até sábado que vem. E lembre-se: quebrar tabus é um ato de amor.