Na tarde desta segunda-feira (04), a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental de Rondônia (Sedam) divulgou uma nota de esclarecimento sobre a viagem do secretário Marcos Antônio Lagos, para a COP 16, evento internacional de discussões climáticas.
No comunicado, a Sedam também detalhou o uso do Fundo Estadual de Governança Climática e Serviços Ambientais (Funclima), enfatizando o objetivo de fortalecer as ações do estado em pautas ambientais globais.
No entanto, a nota não menciona a próxima viagem do secretário, prevista para ocorrer entre os dias 08 e 24 de novembro, no Azerbaijão. A ausência de informações sobre esse deslocamento específico gerou questionamentos entre especialistas e a comunidade ambiental, uma vez que envolve recursos do Funclima e coincide com eventos de relevância para a agenda climática de Rondônia.
A nota também não informou, sobre o Decreto do governo estadual, que o governador Marcos Rocha colocou sigilo por cinco anos às viagens realizadas pelo secretário do Meio Ambiente de Rondônia.
Abaixo, confira a nota da Sedam na íntegra:
“A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental de Rondônia (Sedam) esclarece que as informações sobre o uso do Fundo Estadual de Governança Climática e Serviços Ambientais (Funclima), que circulam em redes sociais, são incorretas. Os recursos do Funclima são destinados à promoção da adaptação climática, conservação da biodiversidade e fortalecimento da gestão ambiental.
A respeito das viagens da Sedam, a participação na COP 16 foi reduzida para minimizar custos e assegurar a presença do estado em debates globais sobre meio ambiente, alinhando políticas regionais com metas internacionais. Durante a COP 16, a delegação de Rondônia participou de painéis sobre integração entre clima e biodiversidade, educação ambiental e estratégias sustentáveis, destacando a importância da cooperação entre comunidades locais, governo e academia para enfrentar desafios ambientais. Também foram discutidas as metas do Marco Global de Biodiversidade 2030 Kunming-Montreal, que busca conservar 30% dos ecossistemas globais.
Além disso, a delegação tratou da criação de corredores ecológicos e do papel das instituições financeiras na mobilização de recursos para a biodiversidade. A participação de Rondônia fortalece parcerias internacionais e possibilita captação de recursos, além de representar as demandas regionais no cenário global”.