NEGLIGÊNCIA: Situação precária no Lar do Bebê de Porto Velho

Servidores e grupo de pais e amigos da adoção denunciam superlotação e falta de recursos na unidade

NEGLIGÊNCIA: Situação precária no Lar do Bebê de Porto Velho

Foto: Divulgação

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Na manhã desta quinta-feira (04), o Rondoniaovivo recebeu uma denúncia de servidores e de um grupo de pais e amigos da adoção sobre a situação precária do Lar do Bebê em Porto Velho. Segundo relatos, a unidade, que deveria acolher até vinte crianças de 0 a 15 anos, está atualmente com 37 devido ao fechamento da Casa de Acolhimento Cosme e Damião. Além disso, a equipe de funcionários está reduzida, com apenas dois cuidadores para os berçários e três para o pátio por plantão, sendo que um dos servidores está acompanhando uma bebê internada na Unidade Semi Intensiva.
 
 
A denúncia também menciona a falta de alimentos e medicamentos adequados. A Secretaria Municipal de Assistência Social e da Família (Semasf) tem enviado apenas o básico para a alimentação, e muitos servidores estão contribuindo do próprio bolso para suprir as necessidades das crianças. Mesmo assim, os menores continuam em risco alimentar, situação que pode causar a retirada de uma criança da sua família de origem.
 
 
Os servidores manifestaram ainda sua preocupação com a chegada de adolescentes agressivos à unidade, o que aumenta o risco de abusos sexuais, uma vez que não há pessoal suficiente para supervisionar todos. A falta de medicamentos é outro problema grave; no caso da criança internada no Cosme e Damião o hospital cobra do Lar do Bebê a medicação a ser administrada à criança, alegando que a mesma continua sob guarda da instituição de acolhimento.
 
 
O grupo relatou que, há aproximadamente três anos, foi iniciada uma reforma na unidade que não foi concluída conforme o previsto. Problemas estruturais, como goteiras, infiltrações, banheiros inadequados e camas insuficientes, persistem. Além disso, o pátio está interditado devido ao risco de desabamento de uma fossa, e o parquinho permanece inutilizável por falta de cobertura. A exposição do gás da cozinha e a falta de roupas adequadas para os adolescentes recém-chegados agravam ainda mais a situação.
 
 
Segundo os trabalhadores da unidade, a ineficiência do Projeto Família Acolhedora tem contribuído para a superlotação, e a falta de servidores, combinada com desvio de funções, tem levado ao esgotamento físico e mental dos trabalhadores. Uma recente fiscalização do Ministério Público não resultou em melhorias porque os servidores temem represálias caso se manifestem ou denunciem.
 
 
Diante deste cenário, os servidores do Lar do Bebê e o grupo de pais e amigos da adoção fazem um apelo urgente às autoridades para que tomem medidas imediatas para solucionar os problemas que afligem a instituição.
 
 
A redação do jornal, entrou em contato via e-mail com a prefeitura, mas até o fechamento da matéria não tivemos retorno. O Rondoniaovivo, deixa o espaço aberto caso a Secretaria Municipal de Assistência Social e da Família (Semasf), queira se pronunciar sobre a situação.
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