Os pedestres que caminham próximos do provisório Terminal Rodoviário de Porto Velho não estão nem um pouco felizes com a sujeira que no local. A região do Cai N’Água, Centro de Porto Velho, há anos é dominada por urubus.
Na Feira Cai N’Água, pequenos produtores vendem peixes, galinhas caipiras abatidas na hora e verduras orgânicas. No final do dia, escamas, carcaças e alimentos podres que restaram da feira são descartados nas lixeiras próximas do local e passam horas a céu aberto, o que acaba atraindo uma corja de urubus.
A espécie de pássaros é invasora e aproveita a suposta negligência no serviço de recolhimento da Marquise Ambiental para se alimentar do lixo remanescente da Feira do Cai N’Água.
Além de assombrar os feirantes e fregueses do Cai N’Água, os urubus também aborrecem passageiros que transitam pelo Terminal Rodoviário de Porto Velho. Desde abril, a rodoviária divide, provisoriamente, o antigo terminal de ônibus com a feira, que fica localizado no bairro da Baixa União, no Centro da capital de Rondônia.
A primeira paisagem que os viajantes veem assim que chegam a capital é de uma cambada de pássaros pretos, se alimentando na lixeira.
Supostamente, o local faz parte da rota de coleta de lixo comum realizada pela Marquise Ambiental, realizada na região todas as terças, quintas e sábados. Entretanto, durante um passeio pelo bairro, facilmente encontram-se as lixeiras e caçambas transbordando sujeira, chorume e mal cheiro, o popular fedor de “carniça”
E a prefeitura?
Há cerca de 500 metros do local, fica a sede da Prefeitura de Porto Velho. Local onde ficam os administradores da cidade, além dos seus secretários municipais. Parecem usar vendas e não sentir odores, já que não enxergam ou sentem o cheiro da imundície que está bem próxima deles. E também fica a impressão que não cobram da permissionária Marquise Ambiental o estrito cumprimento do contrato.